Decomposição do comércio de valor adicionado nas relações intersetoriais entre os BRIC nas cadeias globais de valor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Sousa Filho, José Firmino de lattes
Orientador(a): Santos, Gervásio Ferreira dos lattes
Banca de defesa: Vale, Vinícius de Almeida lattes, Santos, Gervásio Ferreira dos lattes, Ribeiro, Luiz Carlos de Santana lattes, Jesus, Rosembergue Valverde de lattes, Moura, Ticiana Grecco Zanon lattes, Santos, André Luís Mota dos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) 
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36917
Resumo: Esta Tese avalia o posicionamento dos países do BRIC nas Cadeias Globais de Valor (CGV’s) e os padrões de evolução do comércio de valor adicionado e de indicadores de especialização vertical no comércio intra-BRIC. Parte-se do pressuposto de que os encadeamentos produtivos gerados pelos ganhos do comércio contribuem para o crescimento e desenvolvimento econômico dos países membros. Para tanto, utilizou-se a base de dados da World Input-Output Database (WIOD). A metodologia aplicada é o modelo de decomposição de bens intermediários e fluxos de comércio, cuja interpretação dos resultados é aderente com as teorias recentes de especialização vertical e o comércio de valor adicionado. Foram calculados 16 componentes de valor adicionado doméstico (DVA), valor adicionado que retorna de terceiros países e importadores diretos (RDV), valor adicionado externo nas exportações (FVA), e termos de dupla contagem pura (PDC). A agregação dos componentes de FVA e PDC permitiu a obtenção do grau de especialização vertical de cada país membro dos BRIC. Os resultados da Tese apontam o expressivo avanço da China em sua participação nas CGV’s e no comércio de valor adicionado intra-BRIC, principalmente no comércio de bens de alta, média-alta e média tecnologia. Por outro lado, o Brasil e a Rússia ficaram estagnados nas CGV’s e se destacaram apenas no comércio de valor adicionado de bens de média-baixa e baixa tecnologia. O maior avanço da Índia foi no comércio de bens de média tecnologia e houve incremento da participação da economia indiana nas CGV’s em relação ao Brasil e a Rússia. Em termos de intensidade de comércio, a Índia e a China possuem destaque nos indicadores de especialização vertical, principalmente para as indústrias de alta, média-alta e média tecnologia. Por outro lado, a intensidade de comércio do Brasil e da Rússia é voltada para os componentes de valor adicionado doméstico. Portanto, ressalta-se a necessidade de ampliação e cooperação política entre os BRIC para a criação de capacidades e encadeamentos industriais capazes de gerar ganhos no comércio de valor adicionado, capacidade organizacional, absorção e difusão tecnológica e, finalmente, crescimento e desenvolvimento econômico.