Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Hugo Leonardo da |
Orientador(a): |
Santana, Ivani Lúcia de Oliveira |
Banca de defesa: |
Santana, Ivani Lúcia de Oliveira,
Castro, Fátima Campos Daltro de,
Rengel, Lenira Peral,
Silva, Suzane Weber da,
El-Hani, Charbel Niño |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27295
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Resumo: |
Esta tese é uma construção teórica mutuamente relacionada com uma proposição artística focalizada na atividade perceptiva do dançarino na prática do Contato Improvisação, investigando as possibilidades de que tal atividade faculte uma experiência que parta, mas também se estenda para além da perspectiva em primeira pessoa. Para tanto, acompanhando uma contextualização histórica apoiada principalmente no trabalho da antropóloga e dançarina Cynthia Novack, inicialmente são estabelecidas três premissas que resultam em uma perspectiva específica para o Contato Improvisação enquanto objeto deste estudo. A primeira delas diz respeito a assumir o Contato Improvisação como um contexto de atividade artístico-estética, na perspectiva da filosofia de John Dewey, que trata este contexto como a intensificação da atividade biológica e perceptiva cotidiana; a segunda premissa estabelece a atividade perceptiva como fundamento técnico central na investigação do movimento e dança proposta pelo Contato, a partir de um entendimento de atividade perceptiva estabelecido na perspectiva teórica da enação a que se dedicam o filósofo da mente Alva Nöe e o filósofo e biólogo Francisco Varela; a terceira premissa apresenta a pertinência de assumir o Contato Improvisação como uma espécie de jogo, em que se destaca o conceito de vertigem no conjunto da teoria dos jogos de Roger Caillois. Tais premissas servirão de lastro para reunir referências a reflexões e à atuação educacional e artística de pioneiros e “criadores” do Contato Improvisação, bem como da minha própria atuação educacional e artística, para tratar da proposição de um dançarino que se estabelece como um “eu aqui e agora” em condições de desabituar caminhos familiares de atividade perceptiva, de movimento e de senso de self, para realizar explorações do real dentro de suas possibilidades de percepção e experiência, ao ponto de comungá-las com a percepção e a experiência do outro. Para tecer este argumento e delineá-lo em aplicações no treinamento do Contato Improvisação, será também capital a concepção de hábitos nas teorias de Alva Nöe e nas de Francisco Varela, bem como considerações sobre a memória e temporalidade em John Dewey e nos estudos desenvolvidos pelo neurocientista Gerald Edelman sobre as bases neuronais da percepção, da experiência e do self. |