Concepção e estrutura representacional sobre pessoas com deficiência em estudantes de psicologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barreto, Carolina Victória Caetano Pinheiro Ferreira lattes
Orientador(a): Techio, Elza Maria lattes
Banca de defesa: Sousa, Yuri Sá Oliveira lattes, Naiff, Luciene Alves Miguez lattes, Techio, Elza Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Departamento: Instituto de Psicologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40560
Resumo: Esta dissertação investiga as concepções de deficiência e as estruturas das Representações Sociais de Pessoas com Deficiência (PcD) entre graduandos de psicologia, considerando diferentes contextos normativos e formativos. Este estudo busca compreender como esses futuros profissionais concebem a deficiência e como suas perspectivas se traduzem em representações sociais. O estudo parte do pressuposto de que a graduação universitária é um momento propício para a formação do pensamento social crítico e de profissionais habilitados para a argumentação, problematização e resolução de problemas, profissionais conscientes e transformadores da realidade, promovendo a empatia, o respeito à alteridade e ao senso de responsabilidade social. A dissertação foi dividida em dois estudos, cuja coleta de dados aconteceu a partir de um instrumento online. O estudo I, de natureza descritiva e comparativa, analisa as concepções de deficiência entre os graduandos de psicologia utilizando a Escala Intercultural de Concepções de Deficiência (EICD). As variáveis de interesse incluem idade, semestre e tipo de instituição (pública ou privada). O estudo II, de natureza qualitativa, busca compreender a estrutura e o conteúdo das Representações Sociais dos estudantes de psicologia sobre a deficiência, mediante a evocação de palavras e análise de uma questão aberta “Na sua opinião, quando podemos considerar que o indivíduo é uma Pessoa com Deficiência”. Os resultados do primeiro estudo indicam que as concepções de deficiência estão relacionadas a uma visão de mundo individual e ao perfil das instituições mais do que ao período de formação. A concepção social da deficiência foi prevalente, embora a concepção biológica e a metafísicas ainda persistem, especialmente em IES privadas. Os resultados do segundo estudo demonstram que no contexto pessoal (normativos), os estudantes demonstrem alinhamento com os princípios de inclusão e acessibilidade, porém, no contexto de substituição (contranormativos) surgem representações estereotipadas e preconceituosas. A predominância de discursos biomédicos e normativos indica uma discrepância entre o conhecimento reificado e a internalização prática dessas ideias. A análise sugere a existência de uma "zona muda" nas representações dos estudantes, refletindo na supressão de elementos importantes. Em conclusão, argumenta-se a favor da importância de uma formação de psicólogos sensíveis às demandas das PcD, e do papel das IES na formação continuada e mais inclusiva.