Estado nutricional e inflamatório durante a pandemia de COVID-19, em idosos institucionalizados, com dinapenia e sarcopenia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Júlia Canto e lattes
Orientador(a): Costa, Ana Caline Nóbrega da lattes, Ramos, Lilian Barbosa lattes
Banca de defesa: Pinheiro, Igor de Matos lattes, costa, Ana Caline Nóbrega da lattes, Magalhães, Manuela Oliveira de Cerqueira lattes, Oliveira, Lucivalda Pereira Magalhães de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35198
Resumo: Introdução: O envelhecimento é caracterizado por alterações fisiológicas que predispõem o desgaste muscular, o qual pode ser potencializado por um mau estado nutricional e por um estado inflamatório crônico, sistêmico e de baixo grau característico do envelhecimento, denominado inflammaging. Estes fatores estão associados com dinapenia e sarcopenia em idosos, sobretudo os institucionalizados. Objetivo: Investigar, durante a pandemia de COVID-19, a associação entre estado nutricional e inflamatório com dinapenia e sarcopenia, em idosos institucionalizados. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado com idosos residentes em um centro de referência em Geriatria e Gerontologia na cidade de Salvador-BA. Coletaram-se dados sociodemográficos e clínicos. O diagnóstico de dinapenia e de sarcopenia se basearam no Consenso Europeu de Sarcopenia: a dinapenia foi avaliada por dinamômetro; a massa muscular, por circunferência da panturrilha; e o desempenho físico, pela Short Physical Performance Balance. O estado nutricional foi avaliado por meio da MiniAvaliação Nutricional e o estado inflamatório por meio de exames laboratoriais de proteína C-reativa, razões neutrófilos/linfócitos e plaquetas/linfócitos, e pelo Índice Imuno-inflamatório Sistêmico. Para caracterização da população, adotou-se estatística descritiva. Para associações entre variáveis nominais, utilizou-se o teste Qui-Quadrado ou o Exato de Fisher e para variáveis quantitativas, o teste t de Student ou não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: A população foi composta por 46 idosos com média de idade de 80,6 ± 7.5 anos e predominância do sexo feminino (67.4%). A prevalência de dinapenia foi de 100% e a sarcopenia foi confirmada em 82.6%, sendo 97.4% sarcopenia severa e 17,4%, dinapenia isolada. A prevalência de desnutrição ou risco nutricional foi significativamente maior entre os sarcopênicos (78.9%). Não houve diferenças significativas dos marcadores inflamatórios entre os grupos dinapênico e sarcopênico. Conclusão: Houve associação significativa da sarcopenia com pior estado nutricional, mas não com estado inflamatório. Piores desfechos de saúde foram encontrados nos idosos sarcopênicos, indicando o potencial impacto combinado da redução de força, massa muscular e performance física. A alta prevalência de dinapenia, sarcopenia severa e desnutrição ou risco nutricional apontam para a necessidade de maior atenção aos idosos institucionalizados, sobretudo no contexto da pandemia e seus efeitos em longo prazo.