Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Araujo, Ayana Zanúncio
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Orientador(a): |
Ribeiro, Maria Teresa Franco
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Banca de defesa: |
Melgarejo, Leonardo
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Ribeiro, Maria Teresa Franco,
Musial, Gilvanice Barbosa da Silva,
Barbosa, Willer Araujo,
Diesel, Vivien,
Ros, César Augusto da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
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Departamento: |
Escola de Administração
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37130
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Resumo: |
Esta tese foi proposta a partir da consideração do atual cenário de radicalização das políticas neoliberais que vêm impactando particularmente as populações rurais por meio da redução de recursos e reenquadramento conservador das políticas direcionadas a esse segmento. Buscando fomentar o debate em torno das políticas de extensão rural, agroecologia e agricultura familiar, a tese versa sobre as experiências e diversas metodologias de construção de saberes agroecológicos, exercitando a crítica às práticas convencionais de extensão rural. O objetivo proposto foi a investigação de uma prática extensionista em curso vinculada à agroecologia, buscando compreender sua base teórico-empírica, descrevendo e analisando tal experiência a partir da concepção de ato técnico e de dialogicidade. Os principais alicerces teóricos foram erigidos a partir da leitura e estudo de Álvaro Vieira Pinto (2005) e Paulo Freire (1977, 1978a, 1978b, 1979, 1992, 2011). O primeiro propõe uma reflexão filosófica sobre a técnica e a afirma como mediação necessária para a emancipação humana, ao mesmo tempo em que esclarece o papel desempenhado pela tecnologia convertida em instrumento de dominação imperialista (VIEIRA PINTO, 2005). O segundo, torna possível a compreensão do caráter da intervenção extensionista quando apoiada pela teoria da ação dialógica ou antidialógica, evidenciando o diálogo como método fundamental para a busca emancipadora (FREIRE, 1978b, 2011). A Ecologia Política foi utilizada de modo a conectar os referenciais teóricos da pesquisa com as questões pertinentes à extensão rural e à agroecologia, considerando principalmente os desafios impostos pelo contexto de iminente colapso ambiental que o modo capitalista de produção e consumo impõem à humanidade. A realização da pesquisa de campo se deu pela observação participante e realização de entrevistas semi-estruturadas junto aos membros de um projeto que propõe a implantação de 4 Unidades de Pesquisa Participativa (UPPs) em municípios localizados no Espírito Santo. A experiência permitiu constatar que a agroecologia constitui um terreno fértil para o desenvolvimento de técnicas que se contrapõem ao modo hoje dominante de fazer agricultura. Durante a pesquisa, foi possível identificar e analisar momentos significativos desta vivência transdisciplinar que apontam para a radicalização da participação das famílias agricultoras alcançada por meio do diálogo entre pesquisa e extensão, bem como entre os diferentes sujeitos que participam do projeto. A pesquisa revelou também desafios ao processo participativo proposto e evidenciou a apropriação do ato técnico pelos sujeitos como condição para sua humanização no sentido utópico trazido por Paulo Freire (1979). |