Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Débora Carvalho Trindade |
Orientador(a): |
Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo |
Banca de defesa: |
Araújo, Rerisson Cavalcante de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Lingua e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27233
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Resumo: |
No português popular do estado da Bahia, é muito comum o uso do item de vocabulário (IV) mais estabelecendo relação de subordinação, variando com o IV com, ou de coordenação de partes da sentença, variando com o IV e, além de seu uso culto como intensificador. Essas relações ampliam as características e a funcionalidade do IV mais, que pode exercer função de coordenador de DPs e preposição funcional/lexical introduzindo DPs comitativos. O presente estudo, realizado de acordo com os princípios teóricos e metodológicos da Sociolinguística Quantitativa, apresenta uma descrição do uso do IV mais como coordenador e subordinador em quatro comunidades rurais afrodescendentes localizadas no interior do estado da Bahia: Helvécia, Cinzento, Sapé, e Rio de Contas, cujas amostras de fala fazem parte do Projeto Vertentes do Português Popular do Estado da Bahia (www.vertentes.ufba.br). Tais comunidades, que guardam vestígios de contato linguístico, foram selecionadas considerando-se a hipótese de que os fenômenos variáveis mais/com e mais/e resultam do contato entre a língua portuguesa e línguas do substrato africano no Brasil. O tratamento sociolinguístico dado à investigação dos fatores condicionantes da variante mais, no português rural afro-brasileiro, demonstrou que este IV é favorecido na fala dos indivíduos mais velhos, demonstrando que essa é a variante mais antiga na comunidade, e dos que permaneceram na comunidade. O mais subordinador é favorecido ainda na fala das mulheres, considerada mais conservadora no âmbito dessas comunidades. Esse resultado parece apontar para a confirmação da hipótese proposta de que a ampliação funcional do IV mais se deve ao multilinguísmo ocorrido no Brasil no período colonial. Os resultados revelam um perfil de mudança em progresso, em que a variante mais está sendo substituída, nessas comunidades, pelas formas urbanas cultas e/com, por conta de um processo de nivelamento linguístico (cf. Lucchesi, 2001, 2006). Os resultados referentes às duas variáveis dependentes mais/com and mais/e evidenciam ainda que a referencialidade e o estatuto sintático do DP são condicionantes linguísticos relevantes na escolha da variante mais. Assume-se, neste trabalho, que o IV mais foi a escolha dos falantes de português L2, do substrato africano, para relexificar uma entrada copiada de sua(s) língua(s) nativa(s), um IV com as funções de coordenador entre DPs e subordinador comitativo. |