Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Misi, Anna Paola Costa |
Orientador(a): |
Ramos, Elizabeth Santos |
Banca de defesa: |
Ramos, Elizabeth Santos,
Fonseca, Jael Glance de,
Novaes, Cláudio Cledson |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29950
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Resumo: |
Este trabalho é uma dissertação de mestrado que se debruça sobre a temática da tradução intersemiótica, a partir da análise da reescritura da obra literária Abril despedaçado de Ismail Kadaré para a tela do cinema. A reflexão sobre as relações da literatura com outras artes e mídias é um tema que tem sido cada vez mais estudado e discutido no espaço acadêmico. Uma das razões para explicar tal fenômeno, deve-se ao fato de que, na contemporaneidade, com o surgimento dos meios tecnológicos e a presença maciça dos meios de comunicação, a literatura tem circulado com muito mais freqüência por outras mídias e expressões artísticas, como por exemplo, na dança, no teatro, na música, na pintura, no rádio, na televisão, no cinema. Daí o surgimento de inúmeros estudos que buscam analisar mais de perto a maneira como a literatura tem dialogado com outras artes. Neste trabalho, lançaremos o nosso olhar para o filme brasileiro, dirigido por Walter Salles em 2001, resultante do diálogo com o romance albanês Abril despedaçado, lançado no Brasil em 1991 e escrito por Ismail Xavier, o mais conhecido escritor da Albânia. Neste diálogo, a literatura e o cinema se aproximam por meio da reescrita da obra literária feita pelo cineasta-tradutor. Ambos, o livro (traduzido para o português a partir do romance em albanês) e o filme compõem o corpus de análise desta pesquisa. Nesta análise, o processo de adaptação de uma obra literária para o cinema deve ser compreendido como uma modalidade de tradução, o que Roman Jakobson chamou de “tradução intersemiótica”. E, nesse sentido, ao operar com dois sistemas de signos diferentes – a literatura e o cinema – a tradução deve ser entendida como um processo criativo e dinâmico. Pretende-se, nesta pesquisa, verificar como a literatura e o cinema se relacionam e dialogam, no processo de construção do filme de Walter Salles, considerando as especificidades do texto fílmico e literário. |