Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Sgarbi, Victor Souza
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Orientador(a): |
Souza, Marcelo Embiruçu de
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Nascimento, Márcio Luis Ferreira
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Banca de defesa: |
Trierweiller, Andréa Cristina
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Prado, Edna Cristina do
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Lizarelli, Fabiane Letícia
,
Martins, Márcio André Fernandes
,
Nascimento, Márcio Luis Ferreira
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Industrial (PEI)
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Departamento: |
Escola Politécnica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39757
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Resumo: |
A formação docente representa importante papel para a qualidade no ensino de Engenharia ao redor do mundo. Quando o foco é a docência em cursos superiores, esta formação é direcionada para a pós-graduação stricto sensu, o que no Brasil está regulamentado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Entretanto, a formação docente nos cursos de mestrado e doutorado tem sido questionada nacional e internacionalmente. Considerando que os programas de pós-graduação brasileiros são submetidos a uma avaliação quadrienal realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), utilizando dados presentes na Plataforma Sucupira, esta tese tem como objetivo identificar, nos dados disponibilizados na referida plataforma, evidências de que os cursos de mestrado e doutorado em Engenharia têm demonstrado preocupação com as áreas de ensino e educação, contribuindo assim com a formação docente de seus alunos (as). O referencial teórico desta tese traz discussões sobre formação docente, com maior foco na formação para atuação no ensino superior, na avaliação da pós-graduação brasileira, no Sistema Nacional de Pós-Graduação e na Plataforma Sucupira. Como metodologia da pesquisa, apresenta natureza teórica, caráter experimental e descritivo, com abordagem mista, foi realizado o download dos dados disponíveis na Plataforma Sucupira dos 970 programas de pós-graduação que funcionaram entre os anos de 2013 e 2021, sendo desenvolvido um Mínimo Produto Viável em PowerBI, devidamente registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que permitiu organizar, filtrar e analisar aproximadamente 49 milhões de linhas de dados coletadas. A organização destes dados permitiu buscar uma série de termos da área de ensino e educação nos títulos das disciplinas ministradas, trabalhos de conclusão de curso, nomes de linhas e projetos de pesquisa e de produções intelectuais, que englobam desde artigos em periódicos até registros de propriedade intelectual, passando por publicação de livros, organização de eventos, dentre outros. Os resultados encontrados foram comparados com os programas das áreas de Administração e Medicina, que juntos totalizam aproximadamente 20% da pós-graduação brasileira, a fim de melhor compreender o fenômeno estudado. A análise dos dados demonstrou que apesar destas duas áreas não apresentarem números considerados altos, a área de Engenharia foi a que teve resultados mais baixos entre estas três áreas na grande maioria das análises. Dentre os resultados encontrados, destaca-se que apenas 2,41% das disciplinas dos cursos de Engenharia têm alguma relação com a área pesquisada e que 45% dos programas não ofertaram nenhuma disciplina na área. Somente 1,92% das produções intelectuais dos programas de Engenharia trazem termos da área de ensino ou educação e 0,18% dos trabalhos de conclusão apresentam conexão com o tema central desta tese. Mesmo considerando que qualquer discussão na área de educação ou ensino contribui com a formação docente, permitiu-se observar que nas pós-graduações das três áreas investigadas e, mais especificamente nas quatro subáreas de Engenharia, não se pode afirmar que há evidências suficientes de que os cursos de mestrado e doutorado estão ofertando uma formação docente adequada aos estudantes. |