Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Luna, Taianan Alves Uzeda |
Orientador(a): |
Gomes, Sônia Maria da Silva |
Banca de defesa: |
Cordeiro Filho, José Bernardo,
Borba, José |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
FACULDADE DE CIENCIAS CONTABEIS
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Contabilidade da Faculdade de Ciências Contábeis
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21699
|
Resumo: |
Este estudo buscou identificar os fatores determinantes para a escolha das empresas listadas na BM&FBOVESPA em auditar seus Relatórios de Sustentabilidade (RS) e se elas ao realizarem esta opção obtiveram retornos anormais no valor de suas ações. A amostra foi composta pelas empresas que elaboraram relatórios de acordo com as diretrizes do Global Reporte Initiative GRI, no período de 2011 a 2014. Os determinantes da escolha por auditar utilizados na pesquisa foram: Tamanho, Endividamento, Rentabilidade, Effective Tax Rate (ETR) ou taxa de tributação efetiva, Origem do Controle Acionário e Setor de Atividade. Para a identificação dos fatores foi elaborado um modelo de regressão logística binária robusta, sendo excluída a variável Setor de Atividade, que foi analisada separadamente através da tabela de referencia cruzada e teste qui quadrado. Para analisar se a escolha pela verificação externa proporcionou para as empresas retornos anormais no valor das ações, foi definido um segundo modelo de regressão linear múltipla robusta baseado no método de mínimos quadrados ponderados. Os resultados evidenciaram que Tamanho e ETR determinam a escolha do gestor em optar pela auditoria, ou seja, empresas de grande porte e que possuem uma maior taxa de tributação efetiva tenderam a realizar a verificação externa, confirmando assim as hipóteses H1 e H5. Dessa forma, não foi encontrada relação entre auditar os RSs e as demais variáveis analisadas no estudo. O modelo de regressão logística proposto, apesar de estatisticamente significativo, apresentou baixo poder preditivo, com um pseudo R² de 0,1481. Por outro lado, o nível de acerto do modelo em classificar corretamente as empresas que auditam ou não os relatórios com um percentual geral de acerto de 64,3%. Os achados permitiram aceitar a hipótese H7, empresas que optaram por realizar a verificação externa dos RSs lograram retornos anormais no valor de suas ações. Os resultados aqui encontrados estão consonantes com a Teoria da Legitimidade, uma vez que esta prediz que as empresas com maior visibilidade adotarão práticas que atendam à demanda de suas partes interessadas, a fim de garantir sua continuidade. Esta investigação contribui para a discussão acadêmica em torno da divulgação de informações socioambientais, sobre quais elementos estão associados a estas e a sua relevância para a gestão estratégica das empresas. Os resultados se limitam ao período e a amostra investigada. Além disso, a amostra se limitou às empresas que elaboraram os RSs de acordo com as diretrizes do GRI. Ressalta-se, também, o baixo poder preditivo do modelo de regressão logística, explicado pela multicolinearidade entre algumas das variáveis estudadas. Nesse contexto, sugere-se que futuras pesquisas ampliem a amostra, incluindo empresas que elaboram RSs de acordo com outras diretrizes e que se estabeleça uma analise comparativa com outros países, principalmente para análise da questão tributária. Ainda sob esse tema, sugere-se que sejam utilizadas outras proxies para análise esta variável, a exemplo do Book-Tax Differences (BTD). Adicionalmente, inserir outras variáveis econômico-financeiras para análise do impacto da escolha da auditoria no desempenho da empresa, a exemplo do Q de Tobim e Retorno sobre Ativos (ROA). |