Aspectos imunológicos de pacientes com dor crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Miguel, Marcia de
Orientador(a): Nascimento, Roberto José Meyer
Banca de defesa: Nascimento, Roberto José Meyer, Mendes, Carlos Maurício Cardeal, Garcia, João Batista Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia.
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas.
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20196
Resumo: A dor crônica é um problema de saúde pública, pois apresenta alta prevalência ao redor do mundo e está associada a prejuízos físicos, emocionais, sociais e laborais. Seu tratamento está associado a custos elevados e, em muitos casos, a resposta às alternativas terapêuticas atuais não são adequadas. O conhecimento da relação entre a dor crônica e o sistema imune ainda não é compreendida de forma ampla a fim de possibilitar o desenvolvimento de tratamentos mais efetivos. A despeito das tentativas anteriores de desvendar essa relação, os trabalhos realizados com humanos apresentam dados controversos e limitados. Objetivo: Esta pesquisa tem o objetivo de comparar os níveis séricos de citocinas inflamatórias e a fenotipagem de subpopulações de linfócitos de pacientes com dor crônica do Ambulatório de Dor do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, em Salvador, e indivíduos sem dor. Metodologia: Foi realizado um estudo observacional do tipo inquérito epidemiológico e foram avaliados os níveis séricos das citocinas inflamatórias IL-1β, IL-4, IL-6, IL-10, IFN-γ, TNF-α pelo método de Cytometric Bead Array (CBA) (eBioscience/BD®) e a fenotipagem das subpopulações de linfócitos T CD4, T CD8, células NK e linfócitos B pelo método de citometria de fluxo Lymphogram® em sangue periférico de 20 pacientes com dor crônica e 10 indivíduos sem dor. Resultados: Com relação às citocinas, foram encontrados níveis elevados de IFN-γ e níveis reduzidos IL-10 no grupo com dor crônica quando comparado aos indivíduos sem dor. Não houve diferença entre os grupos quanto às citocinas IL-1β, IL-4 e TNF-α e IL-6. Com relação à fenotipagem de linfócitos, a contagem de linfócitos T CD8 foi menor nos pacientes com dor crônica, enquanto que a contagem de células NK e linfócitos B no mesmo grupo foi maior que nos indivíduos sem dor. A contagem de T CD4 foi discretamente maior nos pacientes com dor crônica e o mesmo grupo mostrou aumento da relação CD4/CD8 quando comparado aos indivíduos sem dor. Conclusão: Apesar do número reduzido de indivíduos avaliados e do estudo não ter sido realizado com seleção aleatória, foi possível observar diferenças entre o perfil imunológico de pacientes com dor crônica quando comparados a indivíduos sem dor, conforme descreve a literatura. No entanto, estudos posteriores são necessários para melhor compreensão da relação entre o sistema imune e a dor crônica.