Avaliação da mobilidade funcional do tronco após abdominoplastia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Felzemburgh, Victor Araujo lattes
Orientador(a): Sena, Eduardo Pondé de lattes, Meneses, José Valber Lima lattes
Banca de defesa: Sena, Eduardo Pondé de lattes, Daltro, Gildasio de Cerqueira lattes, Carreiro, Mario Castro lattes, Campos, Jose Humberto Oliveira lattes, Ferreira, Lydia Masako lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36794
Resumo: Introdução – A abdominoplastia vem sendo aprimorada no decorrer de décadas. Trata-se do tratamento de escolha para pacientes com alterações de parede abdominal após gestação, envelhecimento e oscilações ponderais. Cada vez mais, considerando o aprimoramento técnico, tem sido dada atenção especial à reabilitação precoce e ao aumento da segurança desse procedimento. No que diz respeito à qualidade de vida, a melhora funcional e da dor, bem como a mobilidade do tronco são assuntos bastante estudados. O CvMob é uma ferramenta tecnológica que, através de vídeos, consegue quantificar a amplitude do movimento e a mobilidade do tronco dos pacientes operados. Objetivo – Avaliar a mobilidade funcional do tronco após abdominoplastia. Métodos – Trata-se de um estudo observacional, de coorte prospectivo, sendo seu objeto a mobilidade do tronco, com medição da amplitude de movimento articular da coluna lombar e sua relação com o abdome, a qualidade de vida, e a avaliação da dor pós-operatória. Para isso, em 12 pacientes, operados de abdominoplastia, foram estudadas: a inclinação lateral direita e esquerda, a extensão dorsal e a rotação do tronco direita e esquerda. De forma concomitante, foram aplicados um questionário sobre qualidade de vida, SF-36, e uma escala visual de dor. Um total de 15 filmagens foram feitas em quatro momentos, desde o pré-operatório ao pós-operatório tardio, sendo o programa computacional escolhido o CvMob. Resultados – 546 filmagens foram realizadas, permitindo avaliar diferenças entre o pré e o pós-operatório no CvMob. Observou-se uma limitação na movimentação do tronco, no pós-operatório de um mês, sendo que, com três meses, houve retorno à ampliação da movimentação. Houve maior ganho, em média, nos domínios: estado geral de saúde, vitalidade e limitação por aspecto emocional. Entretanto, os domínios de limitação por aspectos físicos e aspectos sociais apresentaram mudanças, no decorrer do pós-operatório, que foram estatisticamente significantes. O EVA mostrou que, com um mês, há dores de baixa intensidade, com melhora a partir de três meses. Conclusão – O projeto de pesquisa avaliou a mobilidade funcional do tronco a partir de um parâmetro quantitativo CvMob, o qual se baseia na mensuração de trajetórias e angulações de imagens em movimento. Houve uma diminuição da mobilidade temporária no pós-operatório de um mês, com relação ao dados pré-operatórios, seguindo-se um bom retorno de funcionalidade já com três meses. Houve ainda diferença significante nas variáveis de extensão do tronco, rotação esquerda e inclinação lateral esquerda. Pela escala visual analógica de dor (EVA), houve um pós-operatório com baixos índices de dor e melhora da média rapidamente no terceiro mês. O SF-36 mostrou dados referentes à qualidade de vida, sendo que foi observada alteração do domínio de limitação por aspectos físicos e emocionais no decorrer do pós-operatório.