Tendências climáticas regionais e variabilidades do campo de salinidade da Baía de Todos os Santos (NE Brasil)
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências |
Programa de Pós-Graduação: |
em Geofísica
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33429 |
Resumo: | O presente trabalho mostra como as alterações climáticas nas últimas 5-6 décadas no Recôncavo Baiano (NE Brasil) impactaram no campo de salinidade da Baía de Todos os Santos (BTS). Foi utilizado um conjunto de dados de mais de 50 anos de monitoramento do aporte hídrico fluvial e atmosférico e da temperatura do ar regional, 7 anos simulação por modelagem numérica da BTS e da plataforma oceânica, e 3 anos de observações do campo de salinidade, os quais serviram para estimar a salinidade média superficial da BTS nos últimos 50 anos. Tendências temporais significativas foram identificadas e quantificadas com base nos métodos estatísticos de Mann-Kendall e Sen's Slope. Os resultados mostram que nas últimas 5-6 décadas existiu uma tendência de aridificação do clima regional. O clima da BTS tornou-se progressivamente menos úmido e mais quente. Os três principais rios afluentes à BTS, rios Paraguaçu, Jaguaripe e Subaé, apresentaram respectivamente redução das vazões médias anuais em 62% , 72% e 24 chuva foi reduzido em 24 % dos valores climatológicos (1988-2017). O volume anual de % (Salvador), 29 % (Cruz das Almas) e 50 % (Feira de Santana) da climatologia. A diminuição das chuvas e vazões fluviais resultaram em um decréscimo médio total de 100 m 3 /s (57% do valor climatológico) do aporte hídrico médio anual à BTS. Foi observado um aumento da temperatura média do ar regional de 0,75 temperaturas máximas do ar (Salvador = +1,25◦C ). ◦C , especialmente das Tendência de aridificação regional gerou um acréscimo médio de 0,6 g/kg da salinidade superficial da BTS, com valores superiores a 1,0 g/kg para setores mais internos. Condições hipersalinas na baía iniciaram-se na década de 1990. A região de origem da hipersalinidade ocorre no setor nordeste da BTS, o qual se mostra um local adequado para a identificação prévia de eventos de hipersalinização. Atualmente, a amplitude média de variação sazonal da salinidade da coluna d'água do corpo central da BTS oscila entre 1,5 g/kg (entrada da baía) a 4,0 g/kg (noroeste da baía). O campo de salinidade da BTS é integralmente impactado por episódios de altas descargas do rio Paraguaçu no verão. Os resultados sugerem que a tendência de aridificação regional está enfraquecendo a circulação gravitacional e comprometendo a capacidade de troca da baía, aumentando assim os tempos de residência e de descarga. |