Rota das tendências: a construção da inovação e da diferenciação social

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Breno da Silva
Orientador(a): Caroso, Carlos
Banca de defesa: Cardoso, Cláudio, Quintella, Rogério Hermida, Ribeiro, Robério Marcelo Rodrigues, Galindo, Flávia Luzia Oliveira da Cunha, Caroso, Carlos
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33620
Resumo: Os “relatórios de pesquisa de tendências” (reports) disponibilizados à venda ou elaborados por demanda de empresas ou agências de publicidade constituem o objeto deste estudo que ora se conclui. Produzidos por institutos de pesquisa ou consultorias especializadas como forma de entender a gramática cultural dos atores sociais, a proposta desses instrumentos é a de antecipar interesses de consumidores e permitir inovações empresariais, relacionados a ações de marketing ou ao desenvolvimento de produtos e serviços. Debruçar-se sobre a aquisição dos reports expõe uma problemática voltada à sua mercantilização, exigindo o seguinte esforço metodológico etnográfico: entrevistas a profissionais (empresas compradoras, publicitários e legitimadores sociais) e trabalho de campo (participação em cursos sobre tendências e de formação de pesquisadores). O resultado da investigação apresenta aspectos relacionados à produção e ao consumo do report: (a) as mentalidades e opiniões presentes em um contexto situacional com historicidade; (b) os interesses e as motivações dos atores sociais envolvidos no processo; e (c) as negociações dos riscos com a internalização do documento para a cultura organizacional da empresa. Conclusivamente, percebe-se como a ausência de problematização sobre o report reifica práticas de pesquisa, minimiza o processo de produção de conhecimento por atores sociais e empresas, além de desconsiderar o componente simbólico das trocas mercadológicas entre organizações e a pertinência destas aquisições.