Estudo de associação genética para periodontite em indivíduos de Salvador/Ba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Barrientos, Marcia Otto lattes
Orientador(a): Costa, Ryan dos Santos lattes
Banca de defesa: Caminaga, Raquel Mantuaneli Scarel lattes, Oliveira, Pablo Rafael Silveira lattes, Oliveira, Tiago José Silva lattes, Carvalho Filho, Paulo Cirino de lattes, Costa, Ryan dos Santos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia - (PPGIM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36616
Resumo: INTRODUÇÃO: A periodontite é um processo inflamatório consequente da disbiose do biofilme bacteriano estimulado por fatores modificáveis, relacionados ao estilo de vida, ou não modificáveis, nos quais variantes genéticas se enquadram. OBJETIVO: Realizar estudo de associação genética para identificar variantes que estejam associadas com a periodontite em uma população de Salvador. METODOLOGIA: Estudo transversal (n=506) desenvolvido em participantes do Programa para Controle de Asma na Bahia, classificados com presença (n=117) ou ausência (n=389) de periodontite, de acordo com critérios de Gomes Filho et al.(2007). Genotipagem foi realizada usando Illumina Multi-Ethnic Global Array (MEGA, Illumina), que inclui mais de 1,5 milhões de variantes. Foram realizados estudos para o melhor modelo de ajuste das análises, dos indicadores de risco, de associação positiva ou negativa de genes candidatos e estudo de ampla varredura genômica para associação com a periodontite. RESULTADOS: O melhor modelo de ajuste para regressão logística inclui as variáveis idade, escolaridade, obesidade, respiração pela boca, uso do fio dental e asma. Obesidade, o não uso de fio dental e asma são indicadores de risco para desenvolvimento da periodontite. Alelo A no rs75985579 do gene IFI16 está associado positivamente e alelo G no rs76457189 do gene AIM2 está associado negativamente com periodontite. A interação entre essas variantes apresentou que a presença dos 2 alelos de risco aumenta em mais de quatro vezes as chances de ter periodontite em comparação com indivíduos que possuem 1 ou nenhum dos alelos de risco (ORajustado = 4,61; IC 95% = 1,03 - 20,59; valor p = 0,017). No estudo de ampla varredura genômica, há associação estatisticamente significativa entre rs10496038-T do gene RTN4, rs58327429-C e rs67797971-A do gene LINC02505 e associação sugestiva de 130 variantes com a presença de periodontite em uma população de Salvador. No cromossomo 2, um haplótipo de dois loci (rs10496038-rs74410951) pertencente aos genes RTN4 e MTIF2, respectivamente, tem sido associado a periodontite. No cromossomo 3, dois haplótipos de dois loci (rs74635888-rs11706761, rs114884128-rs73162961) e um haplótipo de cinco loci (rs710479-rs710480-rs850306-rs115314220-rs9990329) foram associados à periodontite. No cromossomo 5, indivíduos que herdam conjuntamente os alelos G e C do haplótipo de dois loci (rs57620661-rs73054303) do gene CTNND2 aumentam em 2,64 vezes as chances de desenvolver periodontite. Na interação entre genes, herdabilidade de 5 alelos de risco ou mais de variantes que apresentaram alto desequilíbrio de ligação está positivamente associada a cinco vezes mais para as chances de um indivíduo desenvolver periodontite em algum momento da vida. Estes resultados são o alicerce para muitos outros estudos de confirmação de associação em outras populações, bem como de alvos terapêuticos para o tratamento e controle da periodontite.