Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gisele Dias da
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Orientador(a): |
Costa, Silvia Lima |
Banca de defesa: |
Ayres, Maria Consuêlo Caribé,
Batatinha, Maria José Moreira,
Costa Junior, Lívio Martins,
Perinotto, Wendell Marcelo de Souza,
Bahiense, Thiago Campanharo |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41089
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Resumo: |
A utilização inadequada de antiparasitários tem favorecido à seleção de parasitos resistentes aos produtos químicos comerciais, o que tem incentivado pesquisas sobre a investigação de compostos obtidos de plantas para o controle das parasitoses dos animais. O objetivo deste estudo foi avaliar in vitro a atividade antiparasitária e citotoxicidade dos alcaloides berberina, harmalina e piperina sobre parasitos de ruminantes. Os alcaloides utilizados neste estudo foram obtidos comercialmente, e suas atividades carrapaticida e anti-helmíntica foram investigadas contra larvas de Rhipicephalus microplus e nematoides gastrintestinais (NGI) de caprinos, respectivamente. Para a avaliação carrapaticida dos alcaloides foi utilizado o teste de imersão de larvas, enquanto que na avaliação anti-helmíntica foram empregados os testes de eclosão de ovos (TEO) e motilidade larvar (TML). Foram também investigados, a relação entre o efeito carrapaticida e a inibição in vitro (espectrofotometria) e in silico (acoplamento e dinâmica molecular) da enzima acetilcolinesterase de R. microplus (RmAChE) e os possíveis efeitos citotóxicos destes alcaloides em cultivo de células Vero através do teste de brometo de 3- (4,5-dimetiltiazol-2-il) - 2,5-difenitetrazólio (MTT). Na avaliação carrapaticida, tanto a berberina (97%) quanto a piperina (98%) apresentaram atividade superior a 95%, não diferindo do controle positivo (fipronil, 100%, p > 0,05). Na mesma concentração (24 mM), apenas o tratamento com a harmalina resultou em baixa atividade carrapaticida (32,75%). A maior atividade anticolinesterásica in vitro foi observada para a berberina (CI50 = 88,13 µM, concentração inibitória 50%), enquanto a piperina apresentou baixa atividade inibitória da RmAChE (CI50 > 200 µM). Evidências obtidas no estudo in silico com a berberina e a RmAChE sugerem que este alcaloide preenche preferencialmente o sítio aniônico periférico (PAS) da enzima. Os resultados da avaliação anti-helmíntica revelaram que a berberina, a harmalina e a piperina apresentaram atividade ovicida com valores de concentração efetiva 50% (CE50) iguais a 1,32; 1,6 e 0,0074 mM, respectivamente. No TML, apenas o alcaloide berberina apresentou eficácia larvicida com percentual de inibição da motilidade larvar igual a 98,17% (2,69 mM). Na avaliação citotóxica, os três alcaloides apresentam reduzida toxicidade para células Vero, com efeito citotóxico inferior a 50%. Estes resultados sugerem que os alcaloides berberina e piperina apresentam potencial antiparasitário com baixa toxicidade para células de mamíferos, e o provável mecanismo de ação carrapaticida da berberina está relacionado à inibição da enzima acetilcolinesterase de R. microplus. |