Gestão em saúde para controle do câncer de colo do útero na Região de Saúde de Juazeiro, Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bittencourt, Rebecca Gusmão lattes
Orientador(a): Santos, Adriano Maia dos lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Ana Áurea Alécio de Oliveira lattes, Almeida, Patty Fidelis de lattes, Martins, Poliana Cardoso lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC - IMS) 
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41177
Resumo: A presente dissertação analisa as experiências de gestores na organização da assistência para controle do CCU na Região de Saúde de Juazeiro. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa, produzido por meio de entrevistas semiestruturadas com gestores, incluindo os secretários municipais de saúde, os coordenadores de APS, das centrais de marcação/regulação de consulta e da rede especializada da linha de CCU. Foram utilizados dados de uma pesquisa maior intitulada “Integração Assistencial e Acesso aos Serviços de Saúde em Regiões de Saúde: Câncer de Colo do Útero como condição traçadora para compreensão dos fluxos assistenciais”. Os participantes do estudo foram: 07 gestores municipais, 03 gestores regionais e 01 gestor estadual. Os resultados estão organizados em três categorias: 1) Governança regional; 2) APS na linha de cuidado para controle do CCU e 3) Referência para continuidade da assistência para controle do CCU. As análises das entrevistas destacam a importância da Comissão Intergestores Regional (CIR), mas revelam problemas como a limitada autonomia dos secretários de saúde frente ao poder executivo municipal, disputa de poder por recursos financeiros, arranjos na oferta e gestão dos serviços de saúde por meio de consórcios e, também, uma desarticulação entre os níveis de atenção. Outros desafios incluem o despreparo e alta rotatividade dos profissionais, fragilidade nas relações público-privadas, influências político-partidárias, subfinanciamento do SUS, necessidade de revisão da Programação Pactuada e Integrada (PPI) devido às dificuldades para contratação de prestadores em função da defasagem nos valores pagos por procedimentos. Além da baixa adesão e falta de informação entre as mulheres, assim como a inexistência de fluxos que garantam referência e contrarreferência, insuficiência na oferta de serviços públicos para atender a demanda e dificuldade de acesso aos serviços, levando à procura das mulheres por serviços privados. Dessa forma, destaca-se a importância das articulações dos profissionais de saúde e gestores para planejamento e gestão dos diferentes recursos para viabilizarem o adequado cuidado às mulheres na rede de serviços, relacionando-se ao CCU. Portanto, torna-se imprescindíveis: a garantia de um financiamento estável e sustentável para o SUS; gestão de recursos pactuados para melhoria de acesso a consultas e exames; criação de novos arranjos, considerando as barreiras geográficas de acesso; superação da fragmentação de programas, ações e serviços de saúde na atenção básica e forta¬lecimento da CIR como espaço de qualificação da regionalização.