Mobilidade artística e diplomacia cultural não estatal: um estudo sobre a associação cultural Videobrasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Campos, Monique Badaró lattes
Orientador(a): Laniado, Ruthy Nadia lattes
Banca de defesa: Rubim, Antonio Albino Canelas lattes, Lessa, Mônica Leite lattes, Severino, José Roberto lattes, Doring, katharina lattes, Laniado, Ruthy Nadia lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39013
Resumo: Este trabalho busca discutir as ações internacionais de agentes culturais não estatais e sua possível repercussão sobre a diplomacia cultural do país, no sentido de contribuir para projetar imagem positiva por meio da inserção da produção simbólica nacional no circuito global. Toma como base a atuação da Associação Cultural Videobrasil, organização brasileira sem fins lucrativos especializada em artes visuais com forte atuação na promoção do intercâmbio e mobilidade da produção artística dos países do hemisfério sul. A partir de pesquisa documental e entrevistas com agentes privados do segmento, investiga como os atores culturais se organizam face às transformações provocadas pela globalização e o aumento sem precedentes das trocas culturais. São examinadas as principais estratégias utilizadas, os desafios enfrentados pelos agentes não estatais e o alcance que a sua atuação representa para a inserção qualificada de artistas visuais brasileiros no campo inter(trans)nacional de arte contemporânea. A atuação desse agente não estatal é analisada em três eixos: (a) papel da produção cultural na projeção internacional dos países e lutas para sua legitimação no mundo globalizado, (b) reconfiguração das estratégias nacionais de ação externa e (c) presença do não governamental na diplomacia cultural. A diplomacia cultural oficial brasileira e especialmente a art diplomacy poderiam atuar em colaboração com os agentes culturais privados, absorvendo as dinâmicas do mundo da arte, renovando a sua atuação e angariando resultados em termos de aquisição de capital cultural e simbólico para o país. É sob a ótica da capacidade dos agentes não estatais de fortalecer a reputação do Brasil em todo o mundo, por meio de dinâmicas de interação que lhes são próprias, força ainda pouco explorada pelo governo brasileiro, que o presente trabalho pretende contribuir para os estudos sociológicos e de relações internacionais no campo da cultura e diplomacia cultural.