Saúde e comunidade: características sociodemográficas e condições de vida da população quilombola.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Marlon Vinicius Gama lattes
Orientador(a): Nery, Joilda Silva
Banca de defesa: Mota, Clarice Santos, Góes, Emanuelle Freitas, Lacerda, Roberto dos Santos, Mussi, Ricardo Franklin de Freitas, Viana, Ananias Nery
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41610
Resumo: Pensar sobre condições de vida e saúde de comunidades quilombolas exige uma aproximação crítica entre o processo de formação sócio-histórica dessas comunidades, o perfil epidemiológico e seus determinantes sociais. Em um contexto como o brasileiro, marcado pelo racismo, é de se esperar que a população negra seja a mais afetada pelas desigualdades. Ademais, chama especial atenção a situação de vulnerabilidade social e epidemiológica das comunidades quilombolas. Dito isso, a seguinte tese tem como objetivo geral analisar as características de saúde, o perfil sociodemográfico, as condições de moradia, a distribuição espacial, bem como as perspectivas sobre as relações entre saúde e comunidade, da população quilombola. Trata-se de um estudo que integra metodologias quantitativas e qualitativas, desdobrado em três trabalhos: uma revisão sistemática nas bases de dados eletrônicos de periódicos indexados, um estudo de base populacional descritivo com todos os indivíduos oriundos de comunidades quilombolas registrados no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), e um estudo qualitativo com participantes elencados por conveniência em um quilombo sergipano. Em confluência, os resultados apontaram altas taxas de prevalência de algumas doenças, características que influenciam a condição de saúde, estilo de vida e aspectos sociodemográficos das comunidades quilombolas, inquestionáveis dificuldades de acesso à saneamento, com precárias condições de infraestrutura e carências no provimento de serviços básicos, desdobrados em impactos diretos na saúde deste grupo e a associação de saúde com boa alimentação e cuidados médicos, por parte dos quilombolas. A expectativa que emerge desta tese está na ampliação do debate no campo da Saúde Coletiva, visibilizando dados sobre as comunidades quilombolas, a partir de uma aproximação horizontalizada com o território. Além disso, os elementos principais encontrados representam pontos centrais na discussão sobre as barreiras erigidas pelo racismo e as limitações impostas pelos serviços para uma promoção efetiva da saúde desta população.