Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santana, Maiara Damasceno da Silva |
Orientador(a): |
McCallum, Cecilia Anne |
Banca de defesa: |
Vieira, Marina Guimarães,
Olschewski, Luisa Elvira Belaunde,
Carvalho, Maria Rosário Gonçalves de,
Viegas, Susana de Matos |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34393
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Resumo: |
Esta tese é uma etnografia sobre as relações conjugais entre os(as) Kariri-Xocó e os(as) não indígenas, os(as) denominados(as) “cabeça-seca”. Os(as) Kariri-Xocó habitam a aldeia de mesmo nome, situada em um pequeno município alagoano na região do Baixo São Francisco (Brasil), em estreita proximidade com os(as) não indígenas, com quem estabelecem inúmeras relações. A tese trata da aliança conjugal entre os(as) Kariri-Xocó e os(as) não indígenas no âmbito das relações diárias na aldeia. Por meio de um estudo etnográfico sobre relacionalidade, corporalidade e produção da diferença, explora-se as formas, motivações e maneiras como se constituíram essas relações conjugais e como essas experiências se manifestam na vida diária do casal e dos(as) parentes(as) indígenas. A etnografia enveredou pelas teorias vernáculas, apreendidas durante um ano de trabalho de campo, e pelas discussões que envolvem aspectos da vida diária que falam sobre relacionalidades. A tese conclui que embora a mistura com os(as) “cabeça-seca” e o deslocamento desses(as) não indígenas para a aldeia sejam ações discursivamente combatidas, são justamente estes processos que possibilitam a dinamicidade da socialidade Kariri-Xocó, uma vez que esses casamentos ativam a diferença, demarcando uma identidade indígena específica, fabricada no mundo ritual do Ouricuri, cujo segredo está no centro da constituição da relacionalidade Kariri-Xocó e da produção de “pessoas diferenciadas” |