Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Polliany Lima
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Orientador(a): |
Bispo, Jorge de Souza
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Banca de defesa: |
Botelho, Ducineli Régis
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Silva, Antonio Carlos Ribeiro da
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Bispo, Jorge de Souza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis
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Departamento: |
Faculdade de Ciências Contábeis
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37007
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Resumo: |
Estudos em finanças comportamentais começam a direcionar seus esforços para entender como o público reage aos anúncios online e como isso influencia as suas decisões financeiras. No entanto, há uma lacuna de conhecimento na literatura sobre as percepções do público aos anúncios de responsabilidade social, utilizando as tendências de pesquisa online. Assim como, ainda são dúbios os achados que indicam que as empresas socialmente responsáveis foram escolhidas em preferência às demais empresas durante a pandemia da covid-19. Diante do exposto, este estudo tomou como objetivo geral investigar se durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, as empresas doadoras obtiveram um valor de mercado e um crescimento na visibilidade midiática maiores do que as empresas não doadoras. A variável Valor de Mercado se mostrou negativa no período, sendo consistente com a vertente da literatura que reforça que os efeitos financeiros associados às pontuações de RSC duram poucos dias, não se mantendo a longo prazo em períodos de crise. Assim, tem-se suporte para rejeição de H1. Por outro lado, a rejeição da hipótese não anula o alcance dos objetivos da pesquisa, uma vez que a mesma variável se mostrou positiva considerando o período sem pandemia. Também é válido destacar que a variável de robustez para retornos de ações foi positiva para as empresas que anunciaram doações durante a pandemia, o que denota, que, a doação produziu efeitos positivos durante a pandemia, ainda que em curto prazo. Quanto a segunda hipótese da pesquisa baseada na visibilidade midiática, não houve significância estatística quando aplicado o efeito pandemia, não se obtendo confiança para rejeitar ou não H2. Apesar desse fator, os resultados para a variável de visibilidade se mostraram positivos na ausência do efeito pandemia, o que é congruente com os estudos que demonstram existir ligação entre iniciativas sociais e respostas afetivas por parte dos consumidores. Os achados, em geral, indicam uma tendência de que a filantropia corporativa, impulsionada pelas doações, em geral ajudam as empresas a alcançarem a legitimidade pública e ter desempenho financeiro. No entanto, o efeito severo da pandemia não permitiu que o mercado absorvesse de forma significativa o retorno financeiro e a visibilidade. Menciona-se como limitação, primeiramente, a indisponibilidade de dados sobre doações, não existindo obrigação estrutural em relatórios financeiros e nem padronização. Segundamente, menciona-se, que, até o fim da coleta de dados da presente pesquisa (dezembro de 2022), a OMS ainda não havia declarado o fim da pandemia, não permitindo uma análise do pós-pandemia. Sugere-se para futuras pesquisas a utilização da mesma amostra em diferentes momentos do período, a fim de controlar mais efetivamente os efeitos dos picos da pandemia, como o anúncio do lockdown, o efeito da vacinação, as medidas econômicas adotadas pelo governo, entre outros fatores. Em síntese, o objetivo do estudo e o problema de pesquisa foram atendidos, de forma a reforçar que a responsabilidade social e o anúncio de doações em geral trazem benefícios, mas não conseguindo provar esses efeitos durante a pandemia de maneira significativa. |