Anticorpos monoclonais para o vÃrus da artrite-encefalite caprina
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Biointeração |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio -(Rede Nordeste de Biotecnologia)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29534 |
Resumo: | O CAEV, membro da famÃlia Retroviridae, gênero Lentivirus, causa doença progressiva e debilitante em caprinos. à um vÃrus envelopado cujo genoma codifica a poliproteina precursora p55gag que, após clivagem proteolÃtica, gera as proteÃnas do core. Este último é formado por uma tripla camada protéica, dentro da qual se encontra a p28, proteÃna de maior número de unidades repetidas e com importante papel na produção de resposta imune. Na infecção, a resposta de anticorpos é lenta e em alguns casos a soroconversão pode ocorrer após vários meses. O teste de Imunodifusão em Gel de Agarose (IDGA) para a detecção de anticorpos possui uma baixa sensibilidade, principalmente nos estágios iniciais da infecção, o que tem estimulado a busca por técnicas mais sensÃveis e que possam detectar precocemente a infecção. Muitas técnicas sorológicas utilizam Anticorpos Monoclonais (AcM), com especificidade única e que consistem em ferramentas de grande uso para fins diagnósticos ou de pesquisa para agentes virais. Neste trabalho, foram produzidos e caracterizados AcM para o CAEV com potencial aplicação no estudo e diagnóstico. Dentre as caracterÃsticas imunológicas, foi demonstrado que todas as imunoglobulinas foram do tipo IgG1, de cadeia leve κ, sem atividade precipitante segundo o IDGA, o que evidencia a sua monovalência. Segundo a técnica de Western-blot, a atividade destes AcM está direcionada para a proteÃna da cápside (p28) de CAEV, contra o precursor p55gag e os produtos intermediários da clivagem, p44, p36 e p22. O sÃtio de ligação dos AcM na p28 é um epÃtopo linear ou contÃnuo e sem pontes dissulfeto intramoleculares e nas 17 proteÃnas precursoras da cápside (p55gag, p36 e p22), o epÃtopo está associado em proteÃnas diméricas ou que apresentam regiões com pontes dissulfeto, provavelmente ricas em resÃduos Cys. A monoespecificidade da detecção da proteÃna viral foi observada usando células de Membrana Sinovial Caprina (MSC) infectadas, através da Imunofluorescência Indireta (IFI), onde todos os AcM tiveram sinal detectável para o vÃrus. Os AcM tiveram baixos tÃtulos no Elisa Indireto, e os resultados foram melhorados na técnica de Dot-Blot, onde cinco AcM (G7, B9, A9, H9 e C7) detectaram o CAEV numa concentração proteica igual a 2,675 ïg, enquanto que o AcM F12 detectou apenas 5,35 ïg. Ao combinar os AcM na técnica de ELISA Combinado, observou-se uma melhor detecção do CAEV e desta forma, pode-se sugerir o uso combinado de alguns AcM, tais como o AcM A9 com o G7, C7 e o F12. A especificidade demonstrada pelos AcM para reconhecimento antigênico em ensaios imunoenzimaticos, principalmente quando enfrentados com proteÃnas virais e proteÃnas celulares, como no caso da IFI, permitiu o desenvolvimento de um processo de detecção de antÃgeno do VÃrus da Artrite-Encefalite Caprina (CAEV) em células do leite de cabras infectadas. Estes resultados levaram a um pedido de patente. |