Alterações orofaciais em crianças com microcefalia associada à exposição fetal ao zika vírus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: D'Agostino, Erica Santana
Orientador(a): Vianna, Maria Isabel Pereira
Banca de defesa: Vianna, Maria Isabel Pereira, Soares, Johelle de Santana Passos, Primo, Janeusa Rita Leite
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28881
Resumo: A microcefalia é uma má-formação, na qual a cabeça se apresenta em tamanho menor, de acordo com padrão para sexo e idade. É considerada rara, capaz de comprometer o desenvolvimento neurológico e tem etiologia complexa e multifatorial. O expressivo aumento do número de casos observado a partir de outubro de 2015 no Brasil e a recente descoberta do Zika vírus como novo agente etiológico, mobilizaram o campo científico e as políticas públicas na área da saúde. Este trabalho teve o objetivo de descrever as alterações orofaciais das crianças com microcefalia decorrente da exposição fetal ao Zika vírus, acompanhadas na Instituição das Obras Sociais de Irmã Dulce em Salvador- Bahia. Trata-se de um estudo censitário, de delineamento transversal e descritivo. Mediante o levantamento de dados primários foram observadas, através do exame clínico, as características da cavidade bucal quanto às alterações nas estruturas dentárias e periodontais, lesões fundamentais e condições patológicas comuns na infância. Além disso, questionário específico contemplando aspectos relacionados à saúde bucal foi aplicado às mães. Informações referentes à identificação e saúde geral das crianças participantes, resultados de exames laboratoriais e tomografias puderam ser obtidos nos prontuários e bases de dados pré-existentes. Foram descritas as condições e alterações bucais da população de estudo e, exploratoriamente, verificadas potenciais associações entre variáveis de interesse e alterações observadas. Os resultados apontaram importantes alterações orofaciais na população de estudo, com alta prevalência de defeitos de desenvolvimento do esmalte, palato ogival e padrão facial do tipo dolicocéfalo, assim como, alteração na cronologia e sequência eruptiva. Visto que as crianças estão em fase de crescimento, é importante a continuidade do acompanhamento do desenvolvimento orofacial, assim como avaliar o impacto destas alterações no sistema estomatognático. O conhecimento das possíveis alterações orofaciais em crianças com microcefalia em decorrência do Zika vírus será fundamental para a incorporação do cirurgião dentista nas equipes multiprofissionais e implementação de protocolos de acompanhamento e de medidas de promoção da saúde, prevenção e intervenção precoce.