Caracterização petrológica dos diques máficos da orla de Salvador, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Sâmia de Oliveira
Orientador(a): Leal, Angela Beatriz de Menezes
Banca de defesa: Leal, Angela Beatriz de Menezes, Luciano, Rejane Lima, Oliveira, Jailma Santos de Souza de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25876
Resumo: A região da cidade de Salvador está inserida no contexto geológico da confluência do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim com a Faixa Salvador-Esplanada. Os diques máficos da área de estudo estão inseridos na parte sul do Cinturão Salvador-Esplanada-Boquim, no domínio dos migmatitos e granulitos da Zona Salvador-Conde, na parte leste do Cráton do São Francisco. Apesar dos inúmeros estudos realizados nos diques máficos da orla de Salvador e de seu interior, faz-se necessário ainda o estudo da caracterização petrológica dessas rochas para um melhor entendimento dos processos genéticos, bem como na reconstituição geodinâmica da colocação desses corpos. Trabalhos recentes abordaram dados de campo, petrográficos e retrabalhamento de dados geoquímicos dos diques máficos metamórficos e não metamórficos da orla marítima de Salvador. Trabalhos relacionados às rochas encaixantes desses filões máficos, também, foram utilizados como base de dados. Deste modo, nesta pesquisa, foram estudados os diques máficos não metamorfizados localizados em cinco praias na orla marítima de Salvador, compreendidos entre o Farol da Barra e o Farol de Itapuã, nos aspectos de campo, petrográficos e geoquímicos. Esses diques estão inseridos na Província Litorânea de Salvador. De modo geral, preenchem fraturas distensivas na rocha encaixante granulítica, principalmente, em direções NNW-SSE e E-W, são de cor preta, finos a afaníticos, tabulares, verticais com contatos retos, curvos a sinuosos com a encaixante e suas espessuras que podem variar de poucos centímetros a dezenas de metros. Os objetivos específicos do trabalho consistiram em: levantamento bibliográfico; missões de campo; estudos petrográficos e estudos geoquímicos de elementos maiores e traço, visando definir o comportamento destes elementos com a evolução magmática e caracterizar a fonte mantélica. Os diques são importantes marcadores de ambiente tectônico e permitem que se faça um estudo da variação química que o manto sofreu durante sua formação, auxiliando na reconstrução da dinâmica evolutiva de dada região, por isso é de extrema importância o estudo dos mesmos. A principal contribuição no estudo dos diques máficos da orla de Salvador, está no entendimento da composição do manto litosférico subcontinental, sua evolução e conseqüente variação composicional ao longo do tempo, bem como das várias fases magmáticas envolvidas. O estudo petrográfico permitiu identificar de texturas porfiríticas com matriz afanítica até fanerítica fina; ofítica, subofítica e intergranular que, mineralogicamente, são compostas por plagioclásio, augita e subordinadamente têm-se hornblenda, biotita, minerais opacos e apatita, além de feições de sericitização e uralitização. O tratamento litogeoquímico foi baseado em 25 amostras de diques máficos, coletadas ao longo da orla marítima de Salvador. Os estudos geoquímicos permitiram classificá-los como basaltos toleíticos, constituídos por magmas evoluídos (#mg 0,15-0,55), sugerindo uma diferenciação do tipo gabro em uma única fonte mantélica, em ambiente intraplaca.