O neokantismo de Gaston Bachelard

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Araújo, David Velanes de lattes
Orientador(a): Barbosa, Elyana lattes, Kauark-Leite, Patrícia Maria lattes
Banca de defesa: Souto, Caio Augusto Teixeira lattes, Almeida, Fábio Ferreira de lattes, Rodrigues, Malcom Guimarães lattes, Silva Filho, Waldomiro José da lattes, Kauark-Leite, Patrícia Maria lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40788
Resumo: Esta tese analisa como Gaston Bachelard recebeu e interpretou a filosofia crítica de Immanuel Kant, ressaltando o aspecto neokantiano que permeia seu racionalismo aplicado. Bachelard, influenciado pelo neokantismo francês, reconheceu que as ideias kantianas não poderiam ser diretamente aplicadas à interpretação da mecânica quântica: uma ciência que instaurou uma ruptura epistemológica com os preceitos da física clássica e desafiou os princípios fundamentais do kantismo. No entanto, Bachelard percebeu que os princípios kantianos ainda ofereciam uma alternativa fecunda para enfrentar os desafios dessa nova ciência. Ele propôs, assim, um não kantismo ou kantismo aberto, que representa uma filosofia inspirada na perspectiva transcendental de Kant, porém adaptada ao contexto científico contemporâneo. Essa nova filosofia, que constitui um novo racionalismo, resulta de um projeto de flexibilização, expansão e dinamização das categorias kantianas, em oposição à concepção de uma razão absoluta e imutável defendida por Kant. Bachelard incorpora a noção kantiana de númeno positivo para explicar a objetivação do objeto quântico, que ele considera um objeto do pensamento matemático realizado na experimentação técnica. Isso pressupõe não apenas um novo modelo de esquematismo, elaborado por Bachelard por meio de uma analogia com o esquematismo transcendental, mas também uma atualização dos juízos sintéticos a priori, preservando, assim, a perspectiva transcendental.