“Me chamo Elizeth Cardoso. Sou uma cantora brasileira.” Notas sobre a trajetória da Divina (1936-1965)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Neide Gonçalves de lattes
Orientador(a): Moura, Milton Araújo lattes
Banca de defesa: Moura, Milton Araújo lattes, Silva, Marilda de Santana lattes, Lima, Marcelo Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35002
Resumo: Esta pesquisa propõe identificar e compreender as condições históricas que caracterizaram a inserção de Elizeth Cardoso, mulher negra oriunda de uma família de poucos recursos econômicos, no cenário cultural e artístico da cidade do Rio. Lá, conquistou reconhecimento e prestígio profissionais tanto entre a classe operária quanto entre as elites, pontuando suas relações sociais, a fim de compreendermos como se deu este processo considerando que, em tal contexto, vigorava uma série de demarcações de lugares sociais para homens e mulheres, fossem brancos ou negros. O limite proposto como foco de análise compreende os anos de 1936 a 1965. A baliza temporal inicial em 1936 se justifica por ser este o momento da estreia artística de Elizeth Cardoso na Rádio Guanabara. Quanto à demarcação final em 1965 foi por ter sido o ano da sua consagração artística, quando se apresentou nos teatros municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro, interpretando Villa Lobos, ocasião na qual foi aclamada e artisticamente consagrada nos espaços considerados elitizados e quando ao mesmo tempo, contraditoriamente foi duramente criticada por um seguimento da imprensa crítico de música erudita. A partir desse momento verifica-se uma guinada na sua trajetória e regresso às suas origens: o samba de raiz, quando ela gravou o simbólico disco Elizete sobe o morro. Para realizar esta pesquisa foi utilizada uma bibliografia que inclui livros, artigos científicos, obras literárias e as fontes hemerográficas disponíveis na hemeroteca da Biblioteca Digital Nacional e das quais utilizamos notícias, crônicas, entrevistas e pequenos anúncios; do acervo do Instituto Moreira Sales, que reúne fotografias, correspondências e panfletos; o depoimento da cantora gravado para posteridade no Museu da Imagem e do Som; entrevistas disponíveis em acervos de Jornais particulares como Acervo Globo e Folha São Paulo; entrevistas audiovisuais concedidas a programas diversos de TV e disponíveis no canal You tube e, finalmente, de programas de Rádio sobre a cantora. O procedimento metodológico se construirá conforme as demandas, mas visando alcançar o contexto que pede toda pesquisa histórica.