Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cunha Júnior, Antonio Carlos |
Orientador(a): |
Kelmo, Francisco |
Banca de defesa: |
Silva Cruz, Igor Cristino,
Lôbo Hajdu, Gisele |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Biologia
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA E BIOMONITORAMENTO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33301
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Resumo: |
A cobertura de corais nos recifes costeiros está em severo declínio nas últimas décadas pela interação de múltiplos estressores globais e antropogênicos com a mudança da dominância da cobertura bentônica para organismos não construtores da matriz recifal. Investigou-se o efeito da densidade populacional humana sobre a degradação da qualidade da água, atuando como fator determinante da cobertura de organismos não construtores. A composição da comunidade foi analisada por meio de fotoquadrados visuais, calculando a cobertura percentual dos grupos bentônicos. As variáveis ambientais referentes a qualidade da água foram registradas in situ (temperatura, turbidez, oxigênio dissolvido, pH e sólidos totais dissolvidos) e determinadas em laboratório (fosfato e nitrato). A estrutura da comunidade bentônica diferiu significativamente entre as classes de densidade populacional humana (inabitado, habitado e populoso). A maior cobertura média dos recifes analisados foi a de corais escleractíneos (28,01%±14,69), seguido por macroalgas (18,25%±5,41) e esponjas bioerodidoras (16,83%±10,62). A cobertura de organismos construtores (corais e algas calcarias) declinou progressivamente, de acordo com a densidade populacional humana, enquanto o grupo de não construtores aumentou. Registramos a dominância por macroalgas no recife da Pituba, zoantídeos no recife de Praia do Forte e esponjas bioerodidoras nos recifes de Guarajuba e Itacimirim. Em relação as variáveis abióticas houve uma diferenciação significativa entre as condições ambientais das regiões estudadas. Identificou-se que a densidade populacional exerce efeito sobre o processo de degradação da qualidade da água, influenciando na composição da comunidade bentônica. Os recifes dominados por algas e zoantídeos associaram-se com o aumento da disponibilidade de nutrientes e no teor de oxigênio dissolvido na coluna d’água. A dominância das esponjas bioerodidoras associou-se com a concentração de sólidos totais dissolvidos em Guarajuba e Itacimirim. Registrou-se um branqueamento das esponjas que se associou com elevadas temperaturas e altas concentrações de nitrato. Nossos resultados suportam a interferência da densidade populacional humana sobre a qualidade de água e a estrutura das comunidades bentônicas dos recifes costeiros. Enfatiza-se o papel do topo recifal na manutenção da resiliência dos recifes costeiros frente as ameaças locais e globais, perante a cobertura de organismos construtores. Reforçamos que inicianitas de manejo dos recifes costeiros devem estar baseados em programas de monitoramentos integrados em escala local da variabilidade da comunidade bentônica e das condições ambientais dos recifes costeiros. |