O osa como ferramenta norteadora na prevenção de possíveis impactos ecotoxicológicos no rio são paulo, baía de todos os santos, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Miranda, Lorena Suede
Orientador(a): Oliveira, Olívia Maria Cordeiro
Banca de defesa: Moreira, Ícaro Thiago Andrade, Barbosa, Ana Cecília Rizzatti de Albergaria, Magna, Gustavo Alonso Muñoz, Anjos, José Ângelo Sebastião Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25686
Resumo: Estudos recentes têm revelado a ocorrência de um processo natural de interação entre gotículas de óleo e materiais particulados em suspensão (MPS), resultando na formação de agregados estáveis durante semanas, que se dispersam na coluna d’água. Essas interações são conhecidas como agregados óleo-material particulado em suspensão (Oil-Suspended Particulate Material Aggregates ou OSAs) e promovem a dispersão do óleo na água, indicam os possíveis locais de destinação do óleo no ambiente e podem, ainda, acelerar a biodegradação. No presente estudo, foram desenvolvidos experimentos testando diferentes salinidades e diferentes concentrações de MPS, com amostras do rio São Paulo, localizado na Baía de Todos os Santos, Bahia, Brasil, objetivando investigar a contribuição dos OSAs na indicação do local de maior probabilidade de sedimentação de óleo na área de estudo com o intuito de prever possíveis riscos ecotoxicológicos ocasionados por derramamentos de petróleo e permitir a aplicação de técnicas preventivas e mitigatórias. Os experimentos foram realizados no Laboratório de Estudos do Petróleo (LEPETRO), do Núcleo de Estudos Ambientais (NEA) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Para a caracterização geoquímica da área de estudo foram usados métodos analíticos para quantificação de hidrocarbonetos totais de petróleo (HTPs),carbono orgânico em particulado (COP), nitrito, nitrato, amônia, fósforo assimilável, clorofila e metais. Os experimentos para formação do OSA foram realizados seguindo o protocolo desenvolvido por Moreira (2014) adaptado de Khelifa et al. (2002). Os resultados mostraram que a salinidade e a concentração de MPS interferem na formação dos agregados e, de forma geral, maiores concentrações de MPS e salinidades mais altas tendem a ser mais favoráveis à formação dos OSAs. Além disso, o ponto 3 foi indicado como área mais vulnerável aos possíveis impactos ecotoxicológicos decorrentes de derramamentos de petróleo, seguido do ponto 2 e, por fim, do ponto 1. Desta forma, em casos de derramamentos de petróleo no rio São Paulo, a região correspondente ao ponto 3, mais próximo à nascente, deve ser tratada como área prioritária para a aplicação de técnicas preventivas e mitigatórias, seguida do ponto 2, na parte intermediaria, e, então, do ponto 1, correspondente à foz.