Nada contra apenas não curto: educações e construções do corpo afeminado no Scruff.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Danillo Mota
Orientador(a): Couto, Edvaldo Souza
Banca de defesa: Oliveira Júnior, Osvaldo Barreto, Tavares, Maurício Nogueira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24413
Resumo: Essa dissertação tem como tema as construções do corpo gay afeminado. Assumido o local de importância das tecnologias móveis, optou-se pelo Scruff como lugar de análise. Nesse sentido, esta pesquisa foi guiada pela seguinte questão: Quais as construções e educações do corpo afeminado que são produzidas e/ou veiculadas pelo Scruff? A pesquisa foi elaborada com o objetivo geral de investigar as contruções/educações do corpo afeminado no Scruff. Trata se de um estudo qualitativo, descritivo e analítico, realizado através de observação não-participante e entrevista semiestruturada com sete usuários do Scruff. A análise dos dados construídos foi efetuada por meio da análise de conteúdo, a partir da criação de categorias que emergiram da observação e das entrevistas. Constatou-se que, no Scruff, o corpo funciona como uma mercadoria produzida através de pedagogias dos corpos e sexualidades, na qual o músculo se torna o item mais valorativo. Neste processo, para obter sucesso no uso do aplicativo, são exigidos dois comportamentos: a exibição exacerbada da virilidade (mesmo que não exista) e a negação total de traços femininos (mesmo que exista). O resultado é a percepção dos corpos afeminados como um monstro dentro do aplicativo. Surge, então, como resistência a esses comportamentos, que intensificam a hierarquização dos corpos e homossexualidades, a estética monstra.