Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Bitencourt, Ana Carolina Lima Neiva |
Orientador(a): |
Abreu, José Neander Silva |
Banca de defesa: |
Alvarenga, Patrícia,
Fonseca, Rochele Paz,
Mello, Cláudia Berlim de,
Seabra, Alessandra Gotuzo,
Abreu, José Neander Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Psicologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33795
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Resumo: |
As Funções Executivas (FEs) compreendem um conjunto de processos cognitivos que possibilitam a realização de ações planejadas, sequenciadas e eficazes. O Transtorno do Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e/ou impulsividade. Estudos sugerem que crianças com esse transtorno apresentam prejuízos no funcionamento executivo. Dessa forma, intervenções destinadas a estimular essas funções têm sido desenvolvidas. Entretanto, poucos estudos propõem uma abordagem ecológica de intervenção e há uma escassez de programas que incluem os pais (ou responsáveis) enquanto integrantes do processo. Dessa forma, este trabalho objetivou desenvolver e avaliar os efeitos de um programa de intervenção aplicado por pais, Flii, uma aventura no espaço (PFlii), nas FEs de crianças de 7 a 12 anos com TDAH. Para tal, foram realizados quatro estudos empíricos. O estudo empírico I objetivou analisar programas de intervenção para o treinamento de FEs aplicados por pais em crianças com TDAH no contexto mundial mediante uma revisão sistemática. Nove estudos corresponderam aos critérios de inclusão. Grande parte deles reportaram ganhos cognitivos significativos, sugerindo que programas de intervenção destinados a estimular FEs de crianças com TDAH são opções positivas e benéficas para o tratamento desse transtorno. O estudo empírico II visou desenvolver e verificar evidências de validade de conteúdo (ICV) do PFlii aplicado por pais em crianças de 07 a 12 anos. O IVC do programa indicou um alto nível de concordância entre os avaliadores, demonstrando que o instrumento apresenta adequação, coerência, clareza e desafia as habilidades executivas. O estudo empírico III teve por objetivo verificar os efeitos do Programa Flii (PFlii) nos sintomas, FEs e comportamento de crianças de 07 a 12 anos com TDAH. Participaram deste estudo 16 crianças com TDAH. A avaliação dos participantes ocorreu em três períodos: antes da intervenção (T1), depois da intervenção (T2) e durante um follow-up de 3 meses (T3). Análises estatísticas apontaram que não houve diferenças significativas na linha de base (T1) entre os grupos nos instrumentos. Após a intervenção, diferença significativa foi observada nas análises intergrupo da memória operacional visuoespacial no grupo Flii após a intervenção (T2). Além disso, os resultados das análises intragrupo sugerem que o grupo intervenção teve ganhos na velocidade de processamento, na flexibilidade cognitiva, na memória operacional verbal e visuoespacial, nos sintomas de desatenção e nos problemas de comportamento. Esses desfechos sugerem que o PFlii foi efetivo em promover FEs e diminuir os sintomas de desatenção e problemas de comportamento, considerados efeitos de transferência. O estudo empírico IV, por sua vez, visou verificar os efeitos do PFlii e do Programa Heróis da Mente Clínico (PHMC) aplicados simultaneamente em sintomas, FEs e comportamento de crianças de 07 a 12 anos com TDAH. Participaram 15 crianças com diagnóstico médico de TDAH. A avaliação dos participantes ocorreu em três períodos: T1, T2 e T3. Análises estatísticas revelaram diferenças significativas nos recursos familiares entre os grupos experimentais, mostrando que o grupo controle possuía melhores recursos do que o grupo intervenção. Além disso, os resultados sugerem que o grupo de intervenção teve ganhos em inteligência, memória operacional verbal, flexibilidade cognitiva, labilidade emocional, sintomas de hiperatividade e em problemas atencionais e de pensamento. Finalmente, tais resultados sugerem que os programas geraram efeitos benéficos nos aspectos cognitivos, comportamentais e emocionais de crianças com TDAH. |