Os nipo-baianos de ituberá: trajetórias, memórias e identidades de imigrantes no baixo sul da bahia (1953-1980)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Jesus, Elivaldo Souza de
Orientador(a): Ramos, Ana Rosa Neves
Banca de defesa: Matos, Edilene Dias, Severino, José Roberto, Souza, Edinelia Maria Oliveira, Benedini, Giuseppe Federico
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Multidisciplinar em Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18794
Resumo: Esta tese investiga as reconfigurações identitárias de imigrantes japoneses introduzidos no Núcleo Colonial de Ituberá, localizado no Baixo-Sul da Bahia, nos idos de 1954. Trilhando as memórias, a oralidade e uma série de registros fotográficos desses imigrantes, buscamos evidenciar os seus processos de deslocamento, assentamento na nova terra e seus trânsitos identitários, assim como, clarificar em que medida e em quais contextos as relações entre a cultura nipônica pré-migratória, em partes já ocidentalizada, e a cultura local dominante, determinaram a manutenção dos sentimentos de identificação e pertencimento, operaram na reconfiguração de suas identidades e na consequente hibridização de suas práticas. A análise apreende esses imigrantes como sujeitos ligados a dois mundos, asseverando que, orientados pelas condições de seu assentamento e diante da ausência de um quantitativo expressivo de outros nipônicos na Colônia, eles fizeram um percurso ímpar na reconfiguração de suas identidades, haja vista o acionamento de seus códigos de cultura ter direcionado uma afirmação étnica mais evidente nos espaços domésticos, favorecendo, nas esferas relacionais com o outro, as acomodações, hibridizações e hifenização como nipo-baianos, todas forjadas nas malhas da cultura e vislumbradas, sobretudo, nos referenciais simbólicos do trabalho, da morada, do lazer, da comensalidade e da morte.