Tacitus: uma coleção particular de coisas inanimadas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Nocera, Lígia Beatriz Muller
Orientador(a): Martins, Maria Virginia Gordilho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Artes visuais da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/9861
Resumo: Esta dissertação detalha as etapas do processo criativo para a concepção de um painel modular de uma Coleção de pinturas figurativas de objetos singulares, constituído por 72 telas de 40 X 40 cm cada, apresentado no Museu de Arte Contemporânea do Paraná, em 2011. As seguintes ações processuais delinearam a pesquisa: uma coleta fotográfica de objetos de escolha pessoal e, ou, pertencentes a diversos indivíduos, nas cidades de Curitiba, no Paraná e de Salvador, na Bahia, acompanhada pelos depoimentos dos participantes, registrados em fichas individuais. A seguir, os objetos fotografados tornaram-se os modelos para as 72 pinturas das „coisas inanimadas‟, em referência ao gênero denominado Natureza Morta. O processo que reuniu objetos / sujeitos / interações/ pesquisadora encontra-se aqui circundado pela poética de Gaston Bachelard, apoiado nos conceitos da semiologia dos objetos a partir de Jean Baudrillard, da crítica do design, em Deyan Sudjic e observa as considerações de Gilles Lipovetsky a respeito das culturas da moda e do consumo. Georges Perec e Walter Benjamin foram buscados para assegurar os respectivos respaldos, literário e conceitual, dos significados de „coleção‟, entre abordagens igualmente verificadas junto a outros autores complementares para, metodologicamente organizar as bases das discussões teóricas relativas aos tensionamentos plásticos propostos. Ao abrir as portas para sair da intimidade de um atelier e percorrer outros territórios e lugares, os objetos encontrados revelaram-se não apenas modelos para pintura, mas matérias mediadoras da persistência do tempo que separa os homens das suas coisas ou que, por alguns breves instantes, os une.