Avaliação do coeficiente de atenuação e volume de lesões uniloculares benignas dos maxilares por tomografia computadorizada multislice

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carneiro Junior, Braulio
Orientador(a): Rebello, Ieda Margarida Crusoé Rocha
Banca de defesa: Rebello, Ieda Margarida Crusoé Rocha, Azevedo, Roberto Almeida de, Campos, Elisângela de Jesus, Martins, Gabriela Botelho, Fonseca, Luciana Cardoso
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23509
Resumo: As lesões benignas presentes nos maxilares apresentam-se muito semelhantes nos exames de imagem bidimensionais, limitado assim, em muitos casos, o diagnóstico clínico - radiográfico. A tomografia computadorizada multislice pode apresentar-se como uma ferramenta útil no diagnóstico e avaliação destas lesões, uma vez que permite a avaliação e obtenção do coeficiente de atenuação, que representa a densidade dos tecidos. O presente estudo avaliou o padrão dos coeficientes de atenuação e volume de lesões uniloculares, através de medidas de imagens por tomografia computadorizada. Foram avaliadas 61 imagens de lesões diagnosticadas histopatologicamente e agrupadas em: Cisto Ósseo Traumático (n= 4), Cisto Odontogênico Glandular (n= 2), Cisto Radicular (n= 16), Cisto Dentígero (n=15), Tumor Odontogênico Queratocístico (n=15) e Ameloblastoma (n=9). Os Ameloblastomas foram divididos nos subtipos: Ameloblastoma Sólido (n=5) e Ameloblastoma Unicístico (n= 4) . Os coeficientes de atenuação e as medidas volumétricas das lesões foram obtidas através da utilização do programa Osirix, a partir da delimitação da lesão pela demarcação da região de interesse em cortes axiais. Para análise estatística foram usados testes não paramétricos Kruskal-Wallis, Dun e Mann-Whitney. Foram calculadas as médias e medianas do coeficiente de atenuação e volume da lesão. As médias e medianas do coeficiente de atenuação foram respectivamente: 34,75 ±10,51 e 35,94 para o Cisto Ósseo Traumático, 33,26 ± 2,29 e 33,26 para o Cisto Odontogênico Glandular, 44,47 ± 12,96 e 40,79 para o Cisto Radicular, 38,21±17,59 e 35,49 para o Cisto Dentígero, 36,73 ± 12,49 e 33,16 paro o Tumor Odontogênico Queratocístico e 37,83 ± 12,72 e 34,98 para o Ameloblastoma. Entre os subtipos do Ameloblastoma a diferença entre os coeficientes de atenuação foi significante sendo 33,09 ±8,25 e 32,76 no Ameloblastoma Unicístico e para o Ameloblastoma Sólido = 41,62 ±15,23 e 40,72. Os Cisto Radicular e o Ameloblastoma Sólido foram as lesões que apresentaram maior densidade, sendo também o Ameloblastoma Sólido a lesão que apresentou maior heterogeneidade. Em relação as medidas volumétricas a diferença entre a maxila e mandíbula foi estatisticamente significante (p=0,01) demonstrando maior volume das lesões na maxila. As lesões que apresentavam maiores volumes foram o Cisto Odontogênico Glandular e Ameloblastoma. Não foram observados resultados de significância estatística na relação do volume com idade e gênero. No caso dos Cistos Dentígeros e Ameloblastomas pode-se observar que nas lesões com maior volume os valores de Unidades Hounsfield foram menores. Contudo, não se observou diferenças significativas entre os valores do coeficiente de atenuação e volume entre as lesões estudadas.