Efeito da ECG sobre a dinâmica ovariana de vacas mestiças com diferentes concentrações circulantes de progesterona durante a sincronização da ovulação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferraz, Priscila Assis
Orientador(a): Ribeiro Filho, Antonio Lisboa
Banca de defesa: Cavalcante, Ana Karina da Silva, Lima, Marcos Chaloub Coelho, Bastos, Morgana Cardoso Brasileiro Borges, Bittencourt, Rodrigo Freitas
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-graduação em Ciência Animal nos Trópicos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31757
Resumo: Objetivou-se neste estudo avaliar o efeito do tratamento com gonadotrofina coriônica equina (eCG) sobre a dinâmica e função folicular, e características morfofuncionais do corpo lúteo (CL) em vacas mestiças com diferentes concentrações circulantes de progesterona (P4) durante a sincronização da ovulação em um protocolo de IATF. Foram utilizadas 30 fêmeas mestiças submetidas a um protocolo de pré-sincronização para garantir que todos os animais apresentassem corpo lúteo (CL) no início do protocolo. Em seguida, os animais foram submetidos ao protocolo de sincronização e divididos para receberem ou não 12,5mg de PGF2α i.m. no D0 no início do protocolo, constituindo os grupos: Baixa-P4 (receberam tratamento com PGF2α no D0) e grupo Alta-P4 (não receberam tratamento com PGF2α no D0). No D8, realizou-se a retirada do dispositivo intravaginal de P4 e as fêmeas foram subdivididas aleatoriamente em quatro grupos para receberem a aplicação ou não de 300UI i.m. de eCG de acordo com o tratamento ou não de PGF2α no D0: Grupo Alta P4-S/eCG (n=6), Grupo Alta P4- C/eCG (n=7), Grupo Baixa P4-S/eCG (n=6) e Grupo Baixa P4-C/eCG (n=7). As vacas foram submetidas a ultrassonografia (US) em modo B e Doppler colorido para avaliação da dinâmica e vascularização folicular e características morfofuncionais do CL. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para determinação da concentração sérica de P4 nos dias 0; 8; 10 e 24 do protocolo de sincronização. Os dados foram analisados utilizando o procedimento ANOVA e o teste Tukey no SPSS, P<0,05. Altas concentrações de P4 no momento da sincronização da ovulação impactaram negativamente no diâmetro do folículo no D10, no diâmetro do folículo pré-ovulatório e na área de vascularização da parede do folículo pré-ovulatório. Os animais que tinham uma alta concentração de P4 no momento da sincronização da ovulação e que foram tratadas com eCG apresentaram diâmetro do folículo no D10, diâmetro e a área de vascularização da parede do folículo pré-ovulatório (P>0,05), semelhantes às vacas com baixa concentração de P4. Uma alta concentração de P4 no momento da sincronização da ovulação influenciou negativamente (P=0,03) o diâmetro, volume e a vascularização 2 do CL subsequente ao protocolo. Vacas tratadas com eCG e com alta concentração circulante de P4 no momento da sincronização da ovulação apresentaram diâmetro do CL (P>0,05), semelhante às vacas com baixa concentração de P4. Conclui-se que elevadas concentrações circulantes de P4 na sincronização da ovulação impactaram negativamente no diâmetro e vascularização folicular e luteal, e a administração de eCG pode ser utilizada como uma estratégia para favorecer uma melhor resposta folicular e luteal em fêmeas mestiças bovinas com alta concentração de P4 no momento da sinconização da ovulação.