Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Camila Kataryne de Freitas
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Orientador(a): |
Oliveira, Chiara Albano de Araujo |
Banca de defesa: |
Oliveira, Chiara Albano de Araujo,
Ribeiro, Cláudio Vaz Di Mambro,
Hubbe, Olivia de Mendonça Furtado |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37967
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Resumo: |
O objetivo do trabalho foi testar a hipótese de que o enriquecimento ambiental pode influenciar o bem-estar de equinos jovens e adultos estabulados. No presente estudo foram realizados 2 ensaios, que avaliaram 2 grupos de cavalos classificados em jovens GJ (3 anos) e adultos GA (10 anos), estabulados em baias individuais. Todos os animais adultos realizavam atividade de patrulhamento urbano. No ensaio 1 foram avaliados os eventos comportamentais dos animais, no GJ (n=7) e no GA (n=23), durante os 7 dias da semana. Cada grupo foi observado em 4 turnos, 2 pela manhã e 2 pela tarde. No ensaio 2 foram avaliados itens de EA no GJ e GA, quando os animais foram submetidos a dois tratamentos de EA nas baias (espelho e brinquedo com corda). As observações foram realizadas com mesma metodologia do ensaio 1. Nos dois ensaios foram calculadas a distribuição de frequência relativa (FR) dos eventos comportamentais por turno e dia de observação para GJ e GA. No ensaio 2, as frequências médias dos eventos comportamentais de cada tratamento foram analisadas em delineamento com 3 quadrados latinos 3x3 simultâneos. No GJ foi observada maior FR total diária dos comportamentos beber/comer (44,46%) e sono/descanso (23,32%), enquanto no GA os comportamentos predominantes foram comer/beber (26,94%) e sono/descanso (26,89%). Considerando a categoria comportamental estereotipia o GJ teve uma FR de 5,54%, enquanto no GA a FR foi 4,45%. Quando comparadas as frequências dos comportamentos entre GJ e GA os comportamentos com maiores FR foram comer/beber e sono/descanso. No GJ o EA de utilização dos espelhos nas baias influenciou significativamente os comportamentos de Sono/descanso, Subir no cocho e lamber/morder. No GA os espelhos influenciaram os comportamentos Sono/descanso e Alerta. O EA brinquedo com corda não influenciou o comportamento dos equinos. O estímulo visual do espelho, parece alterar a percepção que o equino tem do ambiente, reduzindo a incidência de estereotipias e momentos de ócio. Alguns objetos podem apresentar melhor resposta como forma de EA variando de acordo como tipo de objeto usado e a forma como é empregada. No GA onde a interação dos animais com os objetos de EA foi pouca, a baixa interação pode indicar que para equinos adultos “maduros” que saem das baias para trabalho, nem todos os tipos de EA sejam eficazes. São necessários estudos com outros tipos de EA para os equinos adultos estabulados com proposta de enriquecimento cognitivo, social ou alimentar. Outra possibilidade é que os equinos adultos não manifestem interesse em enriquecimentos do tipo físico. Além disso, pode-se inferir que a atividade de patrulhamento pode ter influência na dissipação de estresse desse grupo. Com isso pode-se concluir que a utilização de espelhos como enriquecimento ambiental tem influência positiva no bem- estar de equinos jovens estabulados. |