POR UMA LÍRICA ALÉM DO PAPEL: O TRAÇO DA MEMÓRIA EM ÂNGELA VILMA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Freitas, Naiana Pereira de
Orientador(a): Vieira, Nancy Rita Ferreira
Banca de defesa: Ornellas, Sandro Santos, Queiroz, Milena Britto de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28847
Resumo: Este estudo propõe investigar como os traços de memória se presentificam nos poemas publicados, em 2012, no blog Aeronauta da escritora baiana Ângela Vilma. Para este fim, traça-se uma breve trajetória da produção de autoria feminina no Brasil, a fim de estabelecer uma discussão acerca da relação entre a escrita produzida por mulheres e a memória individual. Na presente abordagem, analisa-se a partir da ótica da crítica literária feminista, como a memória é/foi um fator relevante para a produção de autoria feminina, desde o século XIX com os diários manuscritos até o início do século XXI com a circulação de uma literatura circunscrita ao suporte blog. Esta nova ferramenta ampliou a circulação de uma literatura digital e/ou eletrônica favorecendo o desenvolvimento e/ou ascensão de uma escrita de autoria feminina no Brasil. Por isso, investigam-se os modos de produção e publicação da poesia lírica no mercado editorial, visto que na contemporaneidade este circuito: autor, leitor e texto foi alterado pela inserção das novas tecnologias, como por exemplo, o blog. Assim, a partir do corpus estabelecido pretende-se analisar, os possíveis traços de memória presentes em quatro poemas de Ângela Vilma publicados no blog Aeronauta durante o ano de 2012. Estes poemas em comum apresentam a tensão entre o ato de lembrar e de esquecer, ações aparentemente opostas, mas indispensáveis para o estabelecimento da memória do sujeito. E por fim é possível perceber a interseção entre a memória individual e a memória coletiva na constituição da lírica apresentada. Este estudo baseia-se em discussões anteriores desenvolvidas por alguns pesquisadores, como Pierre Lévy (1993), Fabiana Komesu (2004), Denise Schittine (2004), Beatriz Resende (2008), Erik Schollhammer (2009), Angela Guida (2011), Lucia Santaella (2011), que discutem acerca do suporte digital e da literatura contemporânea publicada em meio impresso e digital; Michele Perrot (1989,2012), Zahidé Lupinacci Muzart (1990,2003), Maurice Halbwachs (1990), Nelly Novaes Coelho (1993), Luiza Lobo (1993, 2002,2007), Ecléa Bosi (1994), Nancy Rita Ferreira Vieira (1998, 2015), Constância Lima Duarte (2003,2015), Norma Telles (2008) tratam sobre a autoria feminina e a memória. Por sua vez, Hugo Friedrich (1978), Walter Benjamim (1989), Célia Pedrosa (2011), Octavio Paz (2012) fornecem as bases para a discussão sobre a poesia lírica.