Mantendo o curso: restrições, subterfúgios e comércio da escravatura na Bahia (1810-1817)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Jesus, Paulo César Oliveira de
Orientador(a): Reis, João José
Banca de defesa: Reis, João José, Parés, Luis Nicolau, Ximenes, Cristiana Ferreira Lyrio, Carvalho, Marcus Joaquim Maciel de, Silva, Ricardo Tadeu Caíres
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31947
Resumo: Esta tese tem por objetivo analisar os desdobramentos dos compromissos assumidos por Portugal junto à Grã-Bretanha, na Bahia, entre os anos de 1810 e 1817, com vistas a limitar o local de atuação de seus súditos no comércio transatlântico de escravos. Nesse sentido, investiga-se, mais detidamente, como se materializaram as reações dos proprietários de embarcações negreiras que atuavam no porto da Bahia, frente às primeiras restrições em sua área de atuação comercial estabelecidas nos acordos diplomáticos assinados pelo governo português. O estudo orienta-se pela seguinte hipótese: diante das primeiras medidas restritivas à participação de portugueses no comércio da escravatura ao norte do Equador, os proprietários das embarcações negreiras em atividade na Bahia, durante os anos de 1810 e 1817, utilizaram estratégias para dissimular práticas ilegais que contribuíram para a montagem de um complexo e duradouro sistema de subterfúgios que, por mais de trinta anos, desafiou as ações governamentais que visavam abolir o tráfico transatlântico de africanos para o Brasil. Trata-se de uma investigação que pretende contribuir para um melhor entendimento da extensão e da multiplicidade das ações empreendidas pelos negreiros baianos e de sua importância na estruturação do modelo de tráfico clandestino de africanos que funcionou, no Brasil, durante décadas.