Avaliação da efetividade ecológica das áreas protegidas pela perspectiva do contexto espacial: implicações na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SANTOS, CARLOS FELIPE SILVA lattes
Orientador(a): BOSCOLO, DANILO lattes
Banca de defesa: BOSCOLO, DANILO lattes, FERRARO JUNIOR, LUIZ ANTONIO lattes, BARBOSA, ELAINE CRISTINA CAMBUI lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ecologia – Mestrado Profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental - MPEAGeA 
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37133
Resumo: Tendo em vista que a perda e a fragmentação de habitats são a maior ameaça a manutenção da biodiversidade no planeta, e a implantação de áreas protegidas é a maior estratégia de conservação praticada, o presente trabalho procurou sistematizar a avaliação da efetividade ecológica destas unidades especiais a partir das conseqüências advindas daquele processo nefasto que é notabilizado na Mata Atlântica. Inicialmente, no capítulo 1, levantaram-se as principais informações encontradas na literatura sobre os mecanismos ecológicos envolvidos na relação área protegida - entorno. Verificou-se que a redução de habitats cruciais para manutenção da biodiversidade encontrada nas unidades de conservação é a principal conseqüência gerada pela perda e fragmentação de habitats no entorno. Estes habitats cruciais podem estar relacionados ao tamanho do ecossistema efetivo das espécies que ocorrem nas UCs, à presença de paisagens fonte de biodiversidade, à proteção a efeitos de borda das reservas ou à capacidade de gerar conectividade para toda região. A Ecologia da Paisagem possibilitou gerar indicadores de planejamento eficientes para a avaliação da efetividade ecológica de UCs por esta perspectiva. Todavia, poucas metodologias consideram explicitamente, de alguma forma, estes tipos de indicadores. O segundo capítulo apresenta uma proposta metodológica flexível que possibilita a avaliação da efetividade ecológica de áreas protegidas através de métricas da paisagem e identificação de paisagens chave na região do entorno, com uso de índices de conectividade baseado na teoria dos grafos e informações biológicas multiescalares de dispersão de espécies. Através de um estudo de caso apresentado no Mosaico do Extremo Sul da Bahia, foi evidenciado que este protocolo permitiu gerar informações com celeridade e úteis para estimar o grau de ameaça de áreas protegidas à perda e à fragmentação de habitats no entorno. Ademais, este protocolo indicou, em escala regional, uma priorização de paisagens que possibilita contribuir com uma gestão mais eficiente, focada no objetivo de conservação da biodiversidade, por parte das áreas protegidas na Mata Atlântica. Foi reforçada a idéia de que a gestão de áreas protegidas neste bioma deverá estar imersa nos conceitos advindos do Planejamento de Conservação Sistemático, salientando a relação das mudanças do uso do solo no entorno com a efetividade ecológica destas unidades de paisagem especiais.