Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Elizabeth Moura Germano |
Orientador(a): |
Filgueiras, Luiz Antônio Mattos |
Banca de defesa: |
Pinto, Eduardo Costa,
Prado, Eleutério Fernando da S.,
Paulani, Leda Maria,
Santos, Nelson Oliveira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Economia
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Economia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26071
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Resumo: |
O objetivo principal desta tese é demonstrar a existência de uma nova e mais profunda forma de dependência no capitalismo brasileiro atual, distinta de todas as anteriores e associada ao processo contemporâneo de monopolização imperialista do conhecimento. Os Direitos de Propriedade Intelectual (DPI) — como dimensão institucional incontornável da mercantilização do conhecimento — transformaram-se, desde os anos 1980, no lócus privilegiado da acumulação capitalista nos EUA, cuja manifestação no plano internacional vem ocorrendo por meio de um novo regime global de propriedade intelectual que levou a subordinação tecnológica e financeira dos países dependentes a um patamar sem precedentes. Tendo em vista as implicações destes mecanismos sobre o padrão de desenvolvimento brasileiro contemporâneo, foram estabelecidos quatro objetivos específicos: (i) demonstrar a validade da teoria do valor-trabalho de Marx para a análise da “economia do conhecimento” e o rentismo daí derivado; (ii) demonstrar a existência de uma heterogeneidade do conhecimento mercantilizado, como isso se reflete na divisão internacional do trabalho e o caráter eminentemente político do monopólio do conhecimento por parte dos países imperialistas, com a imbricação estrutural entre Estado e mercado do conhecimento; (iii) demonstrar o rentismo do conhecimento como um novo mecanismo de transferência de valor no atual padrão de desenvolvimento brasileiro; e (iv) demonstrar como os DPI reproduzem a histórica relação dependência-superexploração da força de trabalho no país, mais especificamente a relação entre o rentismo do conhecimento, a dependência brasileira contemporânea e a crescente terceirização da exploração da força de trabalho como tendência parcialmente resultante da acumulação centrada em ativos intensivos em propriedade intelectual. |