Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
PATINO, LEONARDO CELIN |
Orientador(a): |
EL-HANI, CHARBEL NIÑO |
Banca de defesa: |
MEGLHIORATTI, FERNANDA,
OLIVEIRA DE ALMEIDA, ROSILÉIA |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
INSTITUTO DE FISICA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23410
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Resumo: |
Na segunda metade do século XX, a compreensão do gene foi determinada, em grande medida, por um entendimento molecular expresso no que tem sido denominado, na literatura de filosofia da biologia, “conceito molecular clássico”. De acordo com esse conceito, um gene é uma sequência bem delimitada de DNA, com começo, fim e localização bem definidos, que codifica um produto funcional único, seja uma molécula de RNA ou um produto polipeptídico. No entanto, hoje este conceito enfrenta uma série de desafios, o que tem levado alguns autores se referir a uma crise do conceito de gene. Minimamente, este conceito tem enfrentado problemas que justificam a investigação de seu entendimento em diferentes contextos, inclusive pela comunidade científica. Assim, investigamos no presente estudo como genes são entendidos por uma comunidade de pesquisadores dedicados a Biologia Molecular e Genômica, incluindo estagiários de iniciação científica, pós-graduandos e professores, com o intuito de analisar em que medida eles estão comprometidos com o conceito molecular clássico, se outros modos de compreender gene estão presentes em suas visões e, em particular, de testar a hipótese de que quanto maior o nível de formação sobre genética, biologia molecular e áreas afins, maior a compreensão dos limites do conceito molecular clássico e a presença de uma diversidade de entendimentos sobre os genes. Os resultados obtidos numa análise de 53 entrevistas semiestruturadas mostraram que visões sobre genes desafiadas por achados das três últimas décadas, como os conceitos “informacional” e “molecular clássico”, estão fortemente presentes nos discursos dos alunos de graduação e pós-graduação. Os professores, por sua vez inclinaram-se por conceitos contemporâneos e processuais mostrando um entendimento uma relação direta entre o seu nível de formação e seu entendimento sobre os genes. No entanto os resultados mostraram também alguns discursos não contemplados na nossa hipótese como algumas respostas diferenciadas dos estudantes de graduação em relação aos pós-graduandos, no sentido de algumas abordagens mais críticas sobre o conceito de gene do que os estudantes de pós-graduação, que mostraram dificuldades em enxergar os seus desafios. O que sugere que seria importante a inclusão, na educação cientifica de nível superior, de uma abordagem mais atualizada a respeito dos genes e de seus papeis nos sistemas vivos assim como abordagens filosóficas e históricas na ciência. |