Cuidado, relações de gênero e trabalho docente na educação infantil: um estudo de caso na pré-escola pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Carvalho, Eronilda Maria Góis de
Orientador(a): Bordas, Miguel Angel García
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10263
Resumo: Este trabalho se coloca como uma possível contribuição no âmbito da Educação Infantil, trazendo reflexões sobre as atividades desenvolvidas no interior de uma pré-escola pública itabunense. O estudo propõe-se a interpretar o trabalho docente na Educação Infantil, profissão caracterizada como feminina, problematizando as questões ligadas ao cuidado e às relações de gênero na esfera desse primeiro segmento da Educação Básica. Trata-se de um estudo de caso com enfoque etnográfico, envolvendo cinco professoras e dois professores de uma pré-escola pública do Município de Itabuna-Bahia, que utilizou depoimentos coletados por meio de questionários, de entrevistas e de observações participantes. O trabalho destaca a presença marcante do cuidado infantil nos ideais e nas práticas pedagógicas dos sujeitos; discute as relações historicamente construídas, entre as normas de boa maternidade e os ideais de professora da Educação Infantil; os significados que tinham as práticas de cuidado infantil para as professoras e os professores estudados e os processos através dos quais desenvolveram ou não essas atitudes com as crianças de três anos e meio a cinco anos de idade. Destaca ainda, as complexas articulações das atividades de cuidado com a identidade profissional dos sujeitos e com as dimensões do processo de ensino e aprendizagem. Pontua que as práticas de cuidado exercidas com crianças pequenas, promovem um excessivo desgaste físico, mental e emocional e enfatiza que são necessidades prementes, da Educação Infantil, aceitar e conviver com as diferenças, sem tornar o sistema dispersivo e/ou excludente e compreender e conceber o espaço educativo como o lugar do envolvimento, da discussão e da formação dos profissionais que nele atuam.