Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Leonardo Souza de
 |
Orientador(a): |
Bispo, Jorge de Souza
,
Oliveira, José Sérgio Casé de
 |
Banca de defesa: |
Pacheco, Vicente,
Oliveira, José Sérgio Casé de,
Carvalho Junior, Cesar Valentim de Oliveira,
Bispo, Jorge de Souza |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis
|
Departamento: |
Faculdade de Ciências Contábeis
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39882
|
Resumo: |
O desempenho organizacional é um fenômeno que vem sendo estudado há muitos anos. Algumas evidências, como as que afirmam que ele não é estático, que varia entre os períodos e empresas já são pontos pacíficos, mas outras questões permanecem em aberto, suscitando novas pesquisas. É de interesse de investidores e pesquisadores das áreas de gestão e de finanças conhecerem, por exemplo, quais fatores influenciam o desempenho econômico-financeiro superior de uma empresa frente a outras. Na literatura, o desempenho é um conceito que abarca muitas dimensões, ou seja, envolve muitas variáveis e componentes teóricos que podem ou não estar relacionados. Diversos fatores intraorganizacionais ajudam a explicar a variabilidade do desempenho nas organizações, a exemplo do tamanho, do setor, da estrutura e dos produtos que as empresas negociam. Adicionalmente, o estágio do ciclo de vida (ECV) é uma das variáveis que pode afetar o desempenho, já que eles representam padrões de decisões que as organizações tomam em seu cotidiano capazes de influenciar o resultado. Para além disso, a performance financeira é também afetada por fatores extrínsecos, como a situação econômica, política e crises, como guerras, pestes, secas e enchentes. A crise sanitária da COVID-19 transformou-se em uma crise econômica sem precedentes, o que acabou afetando diversos países e também diversas empresas de maneira não homogênea. Desde o ano de 2020 diversos estudos têm buscado evidenciar tais efeitos, de modo a estabelecer padrões e demonstrar quais tipos empresariais foram mais ou menos suscetíveis à pandemia e quais variáveis foram determinantes para o desempenho financeiro no período pandêmico. Como é um fenômeno recente, com desdobramentos ainda desconhecidos, ainda carece de mais pesquisas. Neste sentido, este estudo teve como objetivo analisar os efeitos da pandemia da COVID-19 no desempenho econômico-financeiro das empresas de capital aberto listadas na B3, considerando os estágios do ciclo de vida. Trata-se, portanto, de um estudo descritivo de abordagem quantitativa, delineado como uma pesquisa quase-experimental ex post facto. A amostra foi composta por 38 empresas não-financeiras listadas na B3. Os dados analisados foram coletados na plataforma do Refinitiv nos 48 trimestres do período de 2010 a 2021. A partir da coleta foram calculados os indicadores de desempenho Resultado por Ação (RPA) e realizou-se a classificação quanto aos estágios do ciclo de vida (ECV) para as empresas-ano utilizando o modelo de Dickinson (2011). Os dados de 2010 a 2019 forneceram insumos para a projeção do desempenho das empresas em um cenário sem pandemia, por meio de técnicas de análises de séries temporais na metodologia Box-Jenkins. Estes dados foram confrontados com os reais para os quatro trimestres do ano de 2020, período sensível da pandemia, o que configura a análise contrafactual. Os resultados das projeções demonstraram que houve impacto positivo da pandemia no desempenho de empresas nos ECVS crescimento e maturidade, impacto negativo no ECV turbulência, em um intervalo de confiança a 80% e que não houve impacto da pandemia no desempenho das empresas da amostra para os ECVS introdução e declínio. Adicionalmente, as projeções mostraram que o RPA das empresas do ECV maduras tiveram desempenho destacável e positivo quando comparado aos demais ECVS. Em geral, os resultados estão em linha com a literatura quanto à robustez e a resiliência de empresas maduras em detrimento dos demais ECVs. |