Etnomapeamento enquanto método, geoprocessamento enquanto técnica: ferramentas e práticas para o imageamento da territorialidade quilombola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Polli, Leonardo de Souza
Orientador(a): Pereira, Gilberto Corso
Banca de defesa: Velame, Fábio Macedo, Souza Neto, Agripino Coelho, Pereira, Gilberto Corso
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25213
Resumo: Essa dissertação é uma continuidade dos estudos, pesquisas, técnicas e metodologias utilizadas e desenvolvidas pelo autor na sua atuação acadêmica, profissional e social junto à comunidade quilombola de Rio dos Macacos (Bahia). Essa interação do autor com a questão quilombola ocorre desde 2013, quando teve início a Residência Profissional em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia. Sustentado no etnomapeamento enquanto método, e no geoprocessamento enquanto técnica, apresenta-se nessa dissertação uma afirmação de que quanto mais se conhece o seu espaço, mais possível é preservar, gerir, planejar e desenvolver esse local a partir da percepção do grupo social que pertence e é pertencido por esse território. Por mais simplória que essa afirmação possa aparentar ser, quando levada à questão quilombola, percebe-se que a mesma ganha sentidos e análises muito mais profundas e complexas do que a aparência demonstra. Afinal, trata-se aqui de um território repleto de afirmação e resistência da identidade étnica e histórica de um grupo social fundamental para a formação cultural brasileira. Sendo assim, o trabalho sobre a representação espacial de uma comunidade quilombola é o grande tema desse projeto, onde, através de um estudo de caso, demonstra-se a possibilidade real de se criar um Sistema de Informações Geográficas (SIG) de um quilombo, incluindo informações subjetivas e identitárias, a partir de percepções singulares do espaço. De maneira complementar, porém indispensável, esse trabalho apresenta uma reflexão teórica e jurídica sobre a questão quilombola no Brasil, e um relato sobre a história que envolve o quilombo Rio dos Macacos, que resiste há quase um século em seu território, mesmo disputando-o (em uma grande parte da história) contra um setor antagônico – em todos os aspectos possíveis –, a Marinha do Brasil.