O Instituto de Proteção e Assistência á Infância da Bahia: uma instituição educativa de assistência e saúde (1900-1920)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Alane Carvalho
Orientador(a): Dick, Sara Martha
Banca de defesa: Carrera, Gilca Oliveira, Leite, Rinaldo Cesar Nascimento, Venas, Ronaldo Figueiredo, Jesus, Selma Cristina Silva de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20689
Resumo: Nesta tese, O Instituto de Proteção e Assistência a Infância da Bahia (IPAI), instituição de caráter higienista fundada no início do Século XX em Salvador, é percebida como uma instituição educativa ainda que no contexto histórico da sua criação tivesse sido delineada como de natureza médico-assistencial. A análise aqui proposta procurou adentrar o universo do instituto através de suas rotinas, práticas cotidianas e principalmente de suas ideologias que permitiram intervenção direta junto a vida social da população assistida. A Instituição foi criada num contexto marcado pelo processo de legitimação do saber médico junto à sociedade soteropolitana em meio aos contíguos contrastes de ordem sanitária e urbanística que marcavam o desenvolvimento da cidade moderna. Ante as perspectivas de alargamento de políticas de ordem social e econômica e do desenvolvimento político que marcaram as primeiras duas décadas da Salvador do Século XX. Analisamos as estratégias de saúde empreendidas pelo segmento médico e afirmamos a sua ingerência para além do controle das moléstias que comprometiam a saúde pública da população. Sendo assim, a educação para a saúde, materializada através de ações concretas e cotidianas desenvolvidas no IPAI aparece como grande ferramenta de intervenção da medicina no meio social destacando a elevação do profissional médico à condição de educador. No aspecto teórico-metodológico, a pesquisa apresenta-se inserida no campo da história da educação, particularmente no âmbito das instituições educativas. O resgate histórico foi viabilizado através de fontes primárias e secundárias, destacando-se as teses da Faculdade de Medicina da Bahia, a revista Gazeta Médica da Bahia e documentos institucionais como o jornal O Petiz, o Estatuto e o Álbum Histórico do IPAI, dentre outros documentos históricos. Conclui-se que ao longo de sua vigência as práticas educativas da instituição viabilizaram a interação do saber médico e as demandas de saúde da população atendida permitindo como produto da interferência educativa, a mudança de hábitos, valores e a absorção de novas práticas de promoção a saúde e principalmente, a transformação das mentalidades.