A pesca artesanal em Baiacu - Vera Cruz (BA): identidades, contradições e produção do espaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Alves, Taíse dos Santos
Orientador(a): Germani, Guiomar Inez
Banca de defesa: Germani, Guiomar Inez, Silva, Catia Antonia da, Accioly, Miguel da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19245
Resumo: RESUMO A atividade pesqueira no Brasil nos remete a entender a formação do território brasileiro, pois a mesma carrega as influências de cada momento histórico dessa formação. A atividade era predominantemente artesanal, através de funções que visavam à própria subsistência das famílias indígenas. Os instrumentos utilizados eram tradicionais e confeccionados pelos próprios índios, a exemplos de técnicas de pesca herdadas deste período, que são: as canoas, as jangadas e as redes tecidas com fibras vegetais, que, no decorrer dos anos, foram aperfeiçoadas e são utilizadas até os dias atuais. A partir destas transformações, percebe-se uma apropriação da natureza pelo trabalho realizado pelo(a) pescador(a). Nota-se que a atividade é, por sua essência, feita e praticada através dos usos e relações com a natureza. Dessa forma, entende-se aqui que este caráter é fundante para compreender essa atividade como um elemento de organização do espaço. O espaço geográfico é palco das lutas e emergências sociais que permitem ao Geógrafo construir diferentes conceitos que o cerca. Entretanto, o espaço enquanto conceito é abstrato. Torná-lo visível e revelador das práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem são aspectos de análise da ciência geográfica além de evidenciar as relações de contradições que se instalam sobre os diferentes espaços. Nesse contexto, o presente estudo objetiva a compreensão e análise do espaço geográfico organizado e produzido pelos(as) pescadores(as) artesanais. Ao se apropriarem da natureza, produzem espaço e, constituem suas espacialidades e territorialidades. Neste caso específico, pretende-se evidenciar o espaço pesqueiro da comunidade do Baiacu situado no município de Vera Cruz (BA), espaço que revela singularidades, graças à sua ocupação e construção histórica que expressa simbolismos, metáforas, ricos em histórias e culturas, dotados de práticas e relações sociais, as quais os(as) pescadores(as), marisqueiras, vendedoras(es), crianças, mulheres, homens, transformam esse espaço num lugar único, de um povo singular, que faz do seu cotidiano “simples” a complexidade de entender as formas de resistência e manutenção de prática da vida através da atividade pesqueira. PALAVRAS-CHAVES: Espaço geográfico. Organização. Produção. Pescadores(as) artesanais.