Os processos de capacitação em vigilância epidemiológica: um estudo de caso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Lima, Maricélia Maia
Orientador(a): Fagundes, Norma Carapiá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10214
Resumo: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, através de um estudo de caso, que tem como objetivo analisar os processos de capacitação em Vigilância Epidemiológica (VE) em um SUS municipal. O referencial teórico está embasado nos fundamentos conceituais da Educação enquanto ação transformadora, com ênfase nas concepções da Educação Permanente em Saúde (EPS). Os dados primários foram coletados através de entrevista semi-estruturada com gestores, trabalhadores da vigilância epidemiológica, das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e das Unidades de Saúde da Família (USF). Os dados secundários foram obtidos através da análise de documentos. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo temática, de Bardin (1979). A pesquisa demonstrou que os processos de capacitação em VE são predominantemente caracterizados como pontuais, técnicos, emergenciais, impositivos e centrados nas doenças, evidenciando a hegemonia do modelo biomédico. Quanto ao planejamento e avaliação, foram considerados pouco participativos. A (des) integração do trabalho e pouca articulação intra e intersetorial, com processos de capacitação descontextualizados da realidade dos serviços, foram evidenciados. Entretanto, de forma incipiente, foram apontadas experiências inovadoras, com processos de capacitação mais participativos e com o uso de metodologias vinculadas ao contexto do trabalho das equipes de saúde. Para os sujeitos da pesquisa, os processos de capacitação em VE são importantes e necessários; porém, da forma como vêm sendo desenvolvidos, mostram-se pouco eficazes para promoverem mudanças significativas nas práticas dos trabalhadores e nas organizações. Desta forma, conclui-se que os processos de capacitação em VE podem se constituir em estratégias de gestão, de mudanças de práticas e do modelo de atenção, desde que estes se aproximem das concepções da Educação Permanente em Saúde, onde o espaço de trabalho se constitua em um espaço de ensino – aprendizagem para gestores, trabalhadores e população em busca de mudanças para a saúde.