Design e macumba: cosmologias do axé por um design à contrapelo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Martins, Caio Matheus de Sá Telles lattes
Orientador(a): Matos, Edilene Dias lattes
Banca de defesa: Matos, Edilene Dias, Cidreira, Renata Pitombo, Pires, Beatriz Ferreira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura) 
Departamento: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36526
Resumo: Este trabalho é o resultado de uma autoetnografia desenvolvida a partir do entroncamento de duas trilhas distintas, a saber, um percurso profissional em design e um caminho religioso no candomblé. Seu escopo fundamental é o de abrir caminhos, a partir das perspectivas cosmológicas do axé, para um pensamento em design que sobrepuje o imperativo hilemórfico de sua tradição moderna. São, ao todo, três seções gerais. A primeira situa o design como uma poética de realização objetiva caracteristicamente moderna seja por fiar-se nos princípios racionalistas da ciência clássica, seja por operar sob o regime metafísico de separação entre mente e matéria. A segunda mergulha em experiências de cunho religioso vivenciadas com pedras na intenção de reconhecer aspectos relacionais entre pessoa e matéria que escapem à inércia material presumida pelo hilemorfismo e às vias de agência relativa à matéria forjada pelos estudos em cultura material. A terceira arria um ebó e o compara ao objeto moderno, fracionando alguns aspectos centrais do design – como projeto, matéria, forma e função – para reinterpretá-los a partir das cosmologias do candomblé. Por fim, este trabalho coloca em disputa o cruzo entre design e macumba para reclamar uma revisão conceitual que considere um pensamento em design que emerja das culturas de terreiro e não exclusivamente do paradigma civilizatório moderno.