A Teoria da Atribuição e razões para reprovação em disciplinas: um estudo no curso de Ciências Contábeis nas Regiões Metropolitanas de Salvador e de Feira de Santana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Luis Augusto Ferreira dos
Orientador(a): Bruni, Adriano Leal
Banca de defesa: Almeida, Denise Ribeiro de, Lima Filho, Raimundo Nonato
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Contabilidade da Faculdade de Ciências Contábeis
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25792
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar as principais causas percebidas como explicativas do desempenho esperado quando resulta em reprovação discente no Curso de Ciências Contábeis na Bahia. Para tanto, foi criado um modelo que pudesse captar a percepção de desempenho acadêmico do aluno sob a forma de resultados que ocasionaram em reprovação. Esse modelo conceitual teve como arcabouço teórico a Atribuição de Causalidade de Weiner, permitindo predizer o fenômeno sob a ótica dos elementos pertencentes a essa Teoria. Foram construídas dezesseis hipóteses que viabilizassem responder ao problema de pesquisa. Para isso, foram usadas a variável dependente percepção de reprovação, identificada como as proxies Reprovação Anterior declarada espontaneamente pelos respondentes (ReprovX) e Horas Diárias declaradas pelos respondentes (HsDia) e as variáveis independentes: o Conhecimento Prévio dos alunos, a Reincidência em Reprovações, o Tempo Extra dedicado ao estudo e as Formas de Avaliações predominantes. A amostra desta pesquisa foi composta por 476 discentes do Curso de Ciências Contábeis de oito Instituições de Ensino Superior das Regiões Metropolitanas de Salvador e de Feira de Santana. Para validar o instrumento de pesquisa utilizado fez-se uso de testes estatísticos quanto aos pressupostos de a) dimensionalidade, através da análise fatorial, índice KMO e do Teste de esfericidade de Bartlett; b) a confiabilidade, por meio do Alfa de Cronbach; e c) a convergência, utilizando o Coeficiente de Pearson.Foram realizadas análises descritivas, estatísticas do teste de Mann-Whitney e testes de Correlação de Spearman como subsídios às análises de dados. Os resultados encontrados apontaram como achados do estudo que: a) o tempo de estudo extra e o nível de conhecimento prévio não conseguiram explicar a percepção de reprovação; b) os respondentes atribuíram que existe relação positiva entre reprovação relatada espontaneamente e formas de avaliação; c) os respondentes atribuíram que dentre as formas de avaliação, aquelas em que há predominância de questões abertas provocam uma tendência de que a reprovação possa acontecer; d) que dentre as formas de avaliação, aquelas em que o tipo usado é com trabalhos escritos provocam uma tendência de que a reprovação seja evitada e e) a proxy Horas Diárias declarada pelos respondentes (HsDia) não conseguiu refletir a percepção de reprovação.Essa pesquisa constatou ainda que os discentes mais jovens percebem maior influência das Formas de Avaliação sobre o impacto na reprovação de disciplinas do que os discentes mais velhos e os discentes do sexo feminino percebem maior influência das Formas de Avaliação sobre o impacto na reprovação de disciplinas do que os discentes do sexo masculino. Conclui-se entre as hipóteses propostas e aceitas que pode-se afirmar a existência de relação entre o número de reprovações que os alunos declararam terem sofrido no curso (ReprovX) com a sua reincidência em reprovação e com as formas de avaliações aplicadas para mensurar o seu desempenho. Informações adicionais encontradas nesta pesquisa evidenciam que a interação entre reprovações indicadas (ReprovX) e questões abertas insinua reflexões sobre que tipo de julgamento de atribuição foi usado, de maneira que quando se usa avaliações com questões abertas o aluno se vê a si e ao outro como mais propenso a não atingir a nota de aprovação. Por outro lado, como a variável secundária Trabalhos Escritos também teve sua hipótese aceita, permite acarretar alegações sobre como foi julgado a atribuição dos alunos, visto que eles se viram e viram os outros, mais predispostos a serem aprovados quando o tipo de avaliação é por trabalhos escritos.