Via metropolitana: dinâmica da cobertura e uso da terra após implantação em Lauro de Freitas, Camaçari e Salvador - Bahia, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Zaloti, Fábia Antunes lattes
Orientador(a): Nascimento, Dária Mara Cardoso lattes
Banca de defesa: Nascimento, Dária Maria Cardoso lattes, Santos, Pablo Santana lattes, Pereira, Gilberto Corso lattes, Agra Filho, Severino Soares lattes, Rodrigues, Albano Augusto Figueiredo
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36015
Resumo: Esta pesquisa apresenta uma análise das alterações da cobertura e uso da terra a partir da implantação da via Metropolitana, por meio do mapeamento, nos anos de 2009, 2017, 2018 e 2020, na escala 1:50.000, em Lauro de Freitas, Salvador e Camaçari no estado da Bahia. Foram identificadas e mapeadas sete classes do nível I da cobertura e uso da terra, 13 classes do nível II e 26 classes do nível III, mediante dados de Sensoriamento Remoto e técnicas de processamento digital de imagens, incluindo interpretação visual de ortofotos e classificação supervisionada de imagens de satélite, bem como trabalho de campo. Em relação às modificações, considerando as classes de cobertura e uso da terra de nível I, destacam-se a ampliação de áreas urbanizadas e áreas cultivadas, e a redução das áreas com formação florestal e pioneira. A partir da análise dentro e fora da área de abrangência de 500 metros de cada lado da via, a classe de formação florestal tem uma proporção maior na área interna, e uma área menor em relação à classe de área urbanizada em todo o período analisado, ilustrando um ritmo menos acelerado na redução da classe de formação florestal e na ampliação da classe de área urbanizada, dentro da área de abrangência. Nos círculos de abrangência de raio de 500 metros, identificou-se estatisticamente que existe uma diferença entre os padrões de acréscimo da classe de área urbanizada para os círculos com e sem cruzamentos entre a via Metropolitana e outras vias, e que não houve diferença para as classes de formação florestal e área cultivada, confirmando a importância da mobilidade proporcionada pelos cruzamentos entre vias para o aumento de áreas urbanizadas. Na comparação da estimativa de temperatura de superfície e a cobertura e uso da terra, os acréscimos ocorreram nas áreas onde a classe de área urbanizada passou por ampliações no período analisado. Na análise da cobertura e uso da terra com as áreas de preservação permanente de nascentes e cursos d’água observou-se um avanço das classes de área urbanizada, área cultivada, solo exposto e mineração. E a partir das métricas da paisagem confirmou-se a fragmentação e redução da classe de formação florestal e pioneira, após a implantação da via. Na verificação das leis, decretos, resoluções federais e estaduais, e do plano diretor de desenvolvimento municipal ou urbano, notou-se que há muitos instrumentos legais para aplicar-se no território para o ordenamento, planejamento, gestão, e conservação dos recursos ambientais, porém muitos desses instrumentos às vezes não se integram e no nível municipal existe um estímulo a expansão urbana. O resultado desta pesquisa revela um diagnóstico das transformações no período de 11 anos ao longo da via Metropolitana, considerando os recursos naturais nos municípios, sobretudo em áreas de preservação permanente, que podem e devem ser utilizados no planejamento territorial e ambiental, para auxiliar futuros projetos de desenvolvimento e conservação.