Impacto do desempenho de marcha sobre a qualidade de vida de indivíduos que sofreram acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Costa, Camila Marinho
Orientador(a): Oliveira-Filho, Jamary
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13379
Resumo: Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade nos adultos em todo mundo, sendo as alterações no desempenho de marcha importantes para redução da capacidade funcional e, consequentemente, da qualidade de vida (QV). Objetivo: Avaliar o desempenho da marcha de indivíduos com AVC e sua associação com a QV. Casuística e Método: Trata-se de um estudo transversal, com indivíduos com diagnóstico de AVC, provenientes de dois ambulatórios em Salvador, Bahia. Foram coletados dados sócio-demográficos, clínicos e as seguintes escalas: Teste de caminhada de 6 minutos (TC6M), Teste de caminhada de 10 metros (10MWT), Timed Up & Go (TUG), Índice de Barthel modificado (IBm), National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS), European Quality of life – 5 dimentions (EQ-5D). Após análise univariada pelos testes t de Student, Mann Whitney U e qui-quadrado, variáveis com possíveis associações (p<0,05) foram incluídas em um modelo multivariado de regressão logística para avaliação dos preditores de QV comprometida (EQ5D < 0,78). Resultados: Foram estudados 124 indivíduos, com idade média de 66 anos e NIHSS mediano de 3 pontos. A média do TUG foi 25,22 segundos (DP 25,47), o TC6M teve média de 241,70 metros (DP 110,22) e o 10MWT teve média de 16,82 segundos (DP 20,44). O EQ-5D apresentou média de 0,44 pontos (DP 0,38) e 91 indivíduos (73,4%) apresentaram EQ-5D comprometida. Houve correlação positiva entre TC6M e EQ-5D (r = 0,48, p <0,001) e entre velocidade de marcha calculada a partir do 10MWT e EQ-5D (r = 0,49, p < 0,001). Foram variáveis associadas à QV comprometida: idade, capacidade funcional (IBM), TC6M, 10MWT, velocidade de marcha, gravidade do AVC (NIHSS) e gênero feminino. Na análise multivariada, TC6M, idade e capacidade funcional permaneceram associados à QV comprometida. Conclusão: Indivíduos com marcha independente após AVC apresentam alterações na resistência e velocidade da marcha, com alto risco de quedas e impacto na QV. Os resultados sugerem que a marcha avaliada pelo TC6M, bem como a idade e a perda de capacidade funcional, são fatores determinantes no comprometimento da QV após AVC.