Adesão ao tratamento de saúde: tendências e perspectivas na literatura nacional e internacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Sarmento, Stella Maria de Sá
Orientador(a): Trad, Leny Alves Bomfim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Instituto de Saúde Coletiva, como requisito parcial para a obtenção do título de mestre em Saúde Coletiva.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/12056
Resumo: Este trabalho está baseado numa revisão da literatura nacional e internacional sobre adesão a tratamentos de saúde publicada nas duas últimas décadas. Seu objetivo foi identificar tendências nesta produção e assim discriminar perspectivas para os estudos brasileiros sobre o tema. A análise da literatura internacional revelou tendências incidentes sobre a definição e construção teórica da adesão. A definição de adesão assume duas composições associadas aos termos compliance e adherence. Estas composições se diferenciam pelo status atribuído a provedor de cuidados e sujeito da intervenção no jogo de poder inerente à relação estabelecida entre eles. A construção teórica do fenômeno revela igualmente duas vertentes. A primeira delas situa a adesão como um fator modulador de resultados terapêuticos. A segunda vertente aborda a adesão como um comportamento de saúde. Enquanto comportamento de saúde, a adesão é estudada a partir de teorias e modelos, entre os quais o Modelo de Crenças de Saúde, Modelo Transteorético, Teoria da Ação Racional e Teoria da Aprendizagem Social. As vertentes na definição e construção teórica da adesão são levadas em consideração na análise da literatura nacional sobre a adesão, mas particularidades da produção local são destacadas. A abordagem da adesão como comportamento de saúde traz vantagens aos estudos brasileiros sobre o tema por oferecer uma aproximação sistemática dos fatores relevantes na adoção e manutenção de comportamentos orientados à saúde e por instrumentar intervenções de promoção da adesão. Defende-se, contudo, que a adoção desta abordagem não deve ser acrítica. Há que se considerar particularidades do cenário local e seus efeitos na produção e modulação da adesão a tratamentos de saúde. Alguns elementos de crítica e revisão são apresentados, com ênfase na desconsideração da determinação social do comportamento de saúde. Tais elementos fundamentam a proposição de alternativas para o planejamento de estudos brasileiros sobre adesão.